domingo, 27 de dezembro de 2015

Voltei...

Hoje tive saudades de ti, meu 'Desvios'.
Dei por mim a (re) ler-te. À procura de outros momentos desta data.
E são estes os meus votos mais sinceros.
Que assim tenha (esteja a ser) sido o vosso Natal.




domingo, 9 de agosto de 2015

Não há dia em que não me lembre de ti. Dos bons momentos que passei contigo, dos (grandes) ensinamentos que me deste da forma mais simples.
As nossas tardes no rio, as nossa tardes nas compras, ou simplesmente as noites, de quinta feira, a noite de passa a ferro e ver tourada.
Sim, quinta-feira era dia de tourada na 1. E tu gostavas de ver enquanto passavas a ferro.
No fim, se a roupa acabava antes da tourada, sentavas-te a meu lado a pontear as meias do avô. O Avô que entretanto tinha ido para o largo da capela dar dois dedos de conversa com o Sr. Zé, enquanto fumava o seu cigarro.
Às vezes eu ia com ele. Gostava da brincadeira com os outros meninos no largo da capela. Gostava das correrias à volta da capela. de jogar às escondidas, ou simplesmente, sentar-me ao lado do avô. Nos dias em que o Sr. Zé não aparecia, sentava-me ao lado do avô a ver as estrelas. Foi com ele que aprendi a encontrar a estrela polar e a identificar a cassiopeia.
Outras vezes falávamos de outras coisas. De geografia. Ilhas, peninsulas, istmos, cabos, continentes, polos... coisas tão simples, mas que me faziam sentir tão culta, tão conhecedora... e tão orgulhosa no meu avô!
E era a novidade que dava aos meus pais quando eles me iam buscar. Enquanto a minha mãe tentava saber o que tinha feito e o que tinha comido, eu debitava 'tão grandes conhecimento'.
Dos momentos da minha vida em que me senti mais orgulhosa de mim, foi num daqueles fins-de-semana, em que visitávamos os avós, andava já eu na escola e, como sempre o avô perguntava-me o que havia aprendido.
Havia sido a semana das unidades de peso: o quilograma, a grama... e toda contente, sentindo-me dona de uma grande sabedoria, digo ao avô: sabe que um litro de água pesa um quilo?
'Ai sim?', pergunta o avô-então diz-me então: 'que pesa mais, um quilo de chumbo ou um quilo de algodão''
A resposta foi quase imediata, e com uma confiança que poucas vezes me lembro de ter tido: +o mesmo! (expressão à Sherlock Holmes, tipo 'elementar, meu caro Watson?).
O Avô riu-se e passou-me a mão pela cabeça. Senti-me enorme, digna de ser sua neta! Ser neta de homem tão sabedor como o meu avô!
Para ti, estas coisas não eram importantes. Chumbo, algodão... quilos, gramas... só mesmo para fazer as contas em conjunto com a peixeira, que se 'enganava muito nas contas'... sempre para mais.
E aqueles dias em que acordava, já não estavas ao meu lado na cama. Deixavas-me dormir. Do quarto perguntava-te as horas. Davas sempre mais dez ou quinze minutos ( a mãe aprendeu bem contigo a lição). E o cheiro da cevada a entrar pelo quarto adentro! Só uma coisa nunca consegui: molhar o pão na cevada! Nunca me convenceste! Pão de um lado, cevada do outro.

Ai, tão boa esta nossa vida. Tão intensa!

Nota: eu sei que kilograma não é unidade... aprendi nesse dia!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Blog Revisitado I

E enquanto não me chegam os 'apetites' para a escrita, vou revisitando o blogue.
De há uns anos atrás deixo este post que não podia estar mais actualizado...




terça-feira, 7 de julho de 2015

Das pessoas que escrevem a história do nosso país: Maria Barroso, será uma delas com toda a certeza...

Das pessoas que escrevem a história do nosso país: Maria Barroso, será uma delas com toda a certeza...
Mulher fantástica, esta!
Muitas as palavras as descreveriam, e poucas seriam...

Descanse em paz.

terça-feira, 21 de abril de 2015

By Creative Minds...

Pois,  o Sem Casa para Tanto, os BUMs, FLEAs e afins 'levam-me' os minutos livres,  que outrora dispendia com o blogue.
Eu gostava muito deste blog. Eu ainda gosto (assim é que é!), mas o tempo não dá para tudo. Para além de 'sem casa para tanto', também não há 'tempo para tanto'!

E o tempo vai passando, e as coisas ficam por partilhar...

... ficam algumas imagens dos ultimos BUMs, o principal 'sorvedor' do tempo livre que eu dedicaria a este espaço.





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Nem sei que titulo dar a este post!

Vivo nesta cidade há 18 anos. Há 18 anos que me inscrevi no centro de saúde da minha área de residência, e desde então espero por ter médico de família!
Da última vez que fui a esse mesmo centro, fui 'corrida'. Não podia usar o dito centro porque não tinha médico de família e ali só atendiam pessoas com médico de família!
Fui parar a um centro, onde atendem pessoas... sem médico de família!
Passei o dia todo no dito centro. Cheguei lá às oito da manhã. -Sim a senhora que me 'correu' do meu suposto centro de saúde, avisou-me que tinha que ir cedo porque tinha muita gente!- e fui atendida às 17h30m. Que sorte! Podia não ter sido atendida e no dia seguinte seria o mesmo filme!

Ontem precisei novamente de um médico. Já não fui ao meu ex-centro de saúde, mas sim ao meu novo-centro-de-saúde-de-recurso.
Novidade. O serviço já não existe desde Janeiro. Mandaram-me para um outro, a 10km daquele!
Ok, estou de carro... e se não estivesse?

Fui novamente corrida! E porque? Porque não tinha médico de família! Como diria a minha avó, tratada como um leproso!
Precisava de uma baixa médica com a máxima urgência. Expliquei isso ao funcionário. Perguntou-me porquê. Expliquei que era porque no seguimento de uma cirurgia, tinha que ficar em casa. Tive que lhe dizer que a cirurgia tinha sido no privado (mais uma cruz para a lista negra!), a nossa conversa foi emocionante:
-E o médico que fez a cirurgia não passou baixa?
-Não, porque foi no privado. (parecia que estava a cometer uma clandestinidade).
-Então tivesse prevenido o médico de família antes!
-Mas foi de urgência!
-Mas há tantos anos ainda não tratou do assunto porquê?
Depois de contar até dez, respondi:
-No posto disseram-me que aguardasse. quando houvesse médico, chamavam-me.
-Mas isso não é assim! Se não insistir, outros passam à frente!
Respira fundo, mulher, e não te enerves, que esta gente não merece.
-Eu pensei que as coisas eram por ordem e não por compadrios! Mas pronto. Eu preciso de baixa. Como faço?
-Tem que ter médico de família!
-Pois, mas não tenho! E agora?
-Bem, há uma solução, mas é fora da cidade, mas dentro do concelho.
(Sorte a minha, pensei. Olha se fosse dentro do distrito, ainda ia parar sabe-se lá onde!). E o dito senhor lá me passou para a mão uma lista com três moradas de três postos médicos onde eu me podia inscrever e ter médico de família de imediato!
Olho para a lista, olho para o homem e:
-Isto é uma brincadeira, não?! Eu nem sei onde isto fica! É para isto que o valor de um dia de trabalho meu vai?
Depois de um 'Bom-dia', virei costas e fui para o carro.
Meti no GPS as três moradas. As distancias eram equivalentes... entre 15 e 20 km dali. Tinha número de telefone... e email!
Liguei para o primeiro da lista.
A conversa foi em muito semelhante à que tive com o funcionário do posto anterior. Porque não tinha prevenido antes, se tinha ido ao privado, que me aguentasse às consequências... mas que passasse por lá que tinha vaga, baixa é que não sabia...

Morada no GPS e lá vou eu.
O posto é numa antiga escola primária, que desde que deixou de ser escola, não teve obras... e mesmo enquanto escola, as mesmas devem ter sido umas boas décadas antes de fechar!
Duas funcionárias na secretaria. Uma sabia fazer tudo. A outra só marcar consultas. Fui atendida por esta ultima e tive que esperar que outra estivesse livre. Estava a trocar mensagens com a directora do centro que lhe estava a dar instruções sobre marcação de ambulâncias. No fim da troca de mensagens, diz-me que não me pode atender porque tem que fazer o trabalho para a 'Senhora Doutora'. Perguntei se demorava muito e expliquei que tinha horas, por causa da medicação. Repreendeu-me que não sabia. Depois de contar até dez (já vai em vinte!), dei-lhe cinco minutos e expliquei-lhe que tanto ela como a 'Senhora Doutora, como funcionárias publicas, ainda, que eram, eram minhas prestadoras de serviços e como tal, eu tinha prioridade!

Tratou das ambulâncias... em três minutos. Fez o registo, bloqueou o sistema, tentou dizer-me para voltar mais tarde, porque era hora do almoço e a essa hora a 'central' aproveitava parar fazer actualizações e ficava tudo lento. Disse-lhe que tentasse novamente. Já que ali estava, esperava!
Registo com sucesso.

Dezoito anos depois tenho médico de família... e enfermeiro!
Mas não tenho baixa...
-Pois, mas o seu médico de família hoje não está!
-Então inscreva-me num médico que hoje esteja! Eu preciso de uma baixa HOJE!
Foi então que a senhora tirou um coelho da cartola e me disse que como era a primeira baixa, podia ir a outro médico do posto... mas só ao fim da tarde.

Bem voltei ao fim da tarde, fui muito bem atendida, tanto pela médica como pela funcionária. Acho que agora somos as melhores amigas... BFF!

E feito isto, pergunto, para onde, ou para quem vai, a percentagem do meu salário que eu dispenso todos os meses?
Preciso de uma cirurgia com urgência, tenho que ir ao privado. Deste serviço que me devia dar tudo, peço uma mísera baixa médica e é um filme!

Que país! Que governação!
E não pensem que eu sou das que acham que é só no nosso país que coisas estranhas como estas se passam. Mas... não havia necessidade!




domingo, 8 de fevereiro de 2015

Hello 2015

E aos 8 de Fevereiro, 39º dia do ano 2015, este blogue dá um ar da sua graça!
Bem, é como diz a minha amiga Inês: 'vai ser Páscoa e andamos aqui a cumprimentar-mo-nos com o, já enfadonho, 'Bom ano'.

Já agora, Feliz ano 2015!

Muito do que haveria para dizer, deixou de ter graça diz-lo. Ou porque perdeu a sua actualidade, ou porque já está no mediático FB!

O ano começou como todos os outros. As doze badaladas, as doze passas, o flute de espumante e a foguetada no exterior, para desgraça dos focinhos, que assim também tiveram que começar da mesma, e pior, forma: a choramingar!

O ano continua como os anteriores, aliás, os dias são iguais a eles próprios, pois de 2014 para 2015, foi só e simplesmente o mesmo movimento que o ponteiro de um relógio faz sempre que decorre um período de 60 segundos!

Entretanto recupera-se de uma gripe, daquelas que me atirou para a cama durante três dias! Arre gripe dum raio, que me deixaste ko! Bem, o recuperar de agora, é pela parte do estômago, que os medicamentos provocaram efeitos... e que efeitos!

Isto cá deve ter sido H1N qualquer coisa como 3, ou 4...