Hoje estava para não escrever nada, mas ao ler o
post da Laurinda Alves sobre sapatos, lembrei-me da minha amiga Regina
Tan.
Há uns anos atrás quando mudei para o departamento de compras (eu trabalho na mesma empresa há 17 anos, mas já mudei de funções pelo menos uma meia
dúzia de vezes, caso contrário dava em doida!).
Bom, mas como ia dizendo, durante essa minha actividade como
Purchasing, um dos meus contactos em Singapura, era a
Regina Tan.
Conheciamos-no por email e por telefone, fisicamente zero, como aqui na
blogosfera.
Um organizamos um
workshop aqui em Portugal e a Regina
Tan foi convidada. Foram muito engraçados os dias que antecederam a chegada da Regina e da
Abby Ong ( a colega). A euforia estava instalada nos dois lados: nós
atarefadíssimos com a
WS e expectantes como seriam as colegas de Singapura e elas lá, com os voos, os fusos horários... enfim, adrenalina ao máximo!
Chegaram num domingo e, eu e outra colega, fomos buscá-los ao
hotel para os levarmos a jantar. O marido da Regina também decidira vir. Estava de férias e aproveitou para acompanhar a esposa.
Chegamos à recepção do hotel, mandamos chamá-las e ficamos a aguardar. O nosso olhar ficou fixo no indicador de pisos do elevador e, sempre
que este assinalava o zero,
olhávamos uma para a outra como que a perguntar '
será que são elas?'.
Pouco tempo durou este jogo, pois nem cinco minutos de espera depois,
tinhamo-los à nossa frente.
Eram as duas muito
bonitas, franzinas, cabelo
preto escorrido, o
típico daquelas bandas!
Abraçaram-se a nós, enquanto diziam: 'Finalmente conheço as minhas amigas!'
Aquela foi a primeira noite das muitas que se seguiram com eles. A
WS durou 4 dias e
todas as noites desses dias fomos companhia deles ao jantar.
A
Regina , como estava com o marido, resolveu prolongar a sua estada em Portugal por mais uns dias para conhecer o
país. Resolvi, então convidá-los para almoçar em minha casa, naquela semana a nossa
amizad
e tinha ficado ainda mais forte e tinha ultrapassado a barreira profissional.
Entra, então aqui a parte que me fez lembrar a Regina quando li o
post da Laurinda:
Quando
estavam a entrar em minha casa, tiraram os sapatos.
Disse-lhes que não precisavam, não fazia mal...
-
Não é por sujar, é que quando se vai a casa de alguém pela primeira vez tira-os os sapatos! É para dar sorte!O meu primeiro pensamento foi: 'Que
queridos!' O segundo foi: '
E se roubam os sapatos!?É que dias antes tinham levado os guarda-chuvas daquele mesmo sítio! Ia ser bonito!
Disfarçadamente, peguei nos sapatos, meti-os
dentro de casa e
perguntei: '
Sem estarem calçados não faz mal, pois não?'