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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Frase do Dia

'O hábito é a nossa segunda natureza.'

Ouvi ontem e achei que é a mais pura das verdades. Por muito que queiramos não ter hábitos e rotinas, não há quem não tenha um hábito ou rotina, por muito básicos que sejam.... tão básicos que nem nos apercebemos deles!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

São Martinho, Castanhas e Água Pé




Uma das imagens que tenho de miúda é a de no dia 11 de Novembro ir a casa dos meus avós comer castanhas... cozidas com erva doce! Poucas pessoas gostam de castanhas cozidas. A minha mãe, detesta, eu gosto e o meu avô adorava!
E como o meu avô fazia anos nesse dia, 11 de Novembro, comiam-se castanhas cozidas, cozidas sempre na mesma panela! Eu até acho que essa panela só era usada nesse dia... para cozer as castanhas!
Foi num desses dias, que o meu avô me contou a lenda de S. Martinhopela primeira vez e uqe ficou assim na minha memória, e mais tarde contei na escola:
'Num dia de inverno, de muito frio e chuva, ia S. Martinho a cavalo e viu na berma da estrada um mendigo a tremer de frio. S. Martinho desceu do cavalo, tirou a capa e embrulhou o mendigo nela, ficando ele com frio. De imediato, parou de chover e pôs-se um sol radioso que aqueceu S. Martinho!' A partir daí, por altura do 11 de Novembro, temos sempre uns dias de sol com subida de temperatura.'
Todas as histórias que o meu avô me contava tinham uma moral, na qual eu tinha sempre que pensar. Claro, a moral da história aqui foi: 'Quem pratica o bem, é sempre recompensado!'
Engraçado, lembro-me de imaginar o S. Martinho montado num cavalo preto, com uma capar vermelha debruadas a dourado, pelas costa. Na minha imaginação o mendigo estava sentado na berma da estrada, encostado a uma árvore, com os joelhos junto do queixo e a bater o dente!
E é sempre esta imagem que vejo, quando ouço ou conto a lenda de S. Martinho!
Desde a morte do meu avô que não como castanhas cozidas, porque não arranjo a erva doce ( era a minha avó que arranjava!), porque só eu gosto...
E mais a mais, que piada tinha agora comer castanhas cozidas, sem ser naquela panela, naquela casa e com o meu ao a contar todos os anos a lenda de S. Martinho, com a minha mãe a resmungar e.. pois, cada coisa no seu tempo... o das castanhas cozidas já passou... para mim... se hoje comesse ainda ia descobrir que não gosto!


Pois é, pois é, mas já nem as lendas são respeitadas!
Não é que amanhã vai chover?!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

E se Levam os Sapatos?

Hoje estava para não escrever nada, mas ao ler o post da Laurinda Alves sobre sapatos, lembrei-me da minha amiga Regina Tan.
Há uns anos atrás quando mudei para o departamento de compras (eu trabalho na mesma empresa há 17 anos, mas já mudei de funções pelo menos uma meia dúzia de vezes, caso contrário dava em doida!).
Bom, mas como ia dizendo, durante essa minha actividade como Purchasing, um dos meus contactos em Singapura, era a Regina Tan.
Conheciamos-no por email e por telefone, fisicamente zero, como aqui na blogosfera.
Um organizamos um workshop aqui em Portugal e a Regina Tan foi convidada. Foram muito engraçados os dias que antecederam a chegada da Regina e da Abby Ong ( a colega). A euforia estava instalada nos dois lados: nós atarefadíssimos com a WS e expectantes como seriam as colegas de Singapura e elas lá, com os voos, os fusos horários... enfim, adrenalina ao máximo!
Chegaram num domingo e, eu e outra colega, fomos buscá-los ao hotel para os levarmos a jantar. O marido da Regina também decidira vir. Estava de férias e aproveitou para acompanhar a esposa.
Chegamos à recepção do hotel, mandamos chamá-las e ficamos a aguardar. O nosso olhar ficou fixo no indicador de pisos do elevador e, sempre que este assinalava o zero, olhávamos uma para a outra como que a perguntar 'será que são elas?'.
Pouco tempo durou este jogo, pois nem cinco minutos de espera depois, tinhamo-los à nossa frente.
Eram as duas muito bonitas, franzinas, cabelo preto escorrido, o típico daquelas bandas!
Abraçaram-se a nós, enquanto diziam: 'Finalmente conheço as minhas amigas!'
Aquela foi a primeira noite das muitas que se seguiram com eles. A WS durou 4 dias e todas as noites desses dias fomos companhia deles ao jantar.
A Regina , como estava com o marido, resolveu prolongar a sua estada em Portugal por mais uns dias para conhecer o país. Resolvi, então convidá-los para almoçar em minha casa, naquela semana a nossa amizade tinha ficado ainda mais forte e tinha ultrapassado a barreira profissional.
Entra, então aqui a parte que me fez lembrar a Regina quando li o post da Laurinda:
Quando estavam a entrar em minha casa, tiraram os sapatos. Disse-lhes que não precisavam, não fazia mal...
-Não é por sujar, é que quando se vai a casa de alguém pela primeira vez tira-os os sapatos! É para dar sorte!
O meu primeiro pensamento foi: 'Que queridos!' O segundo foi: 'E se roubam os sapatos!?
É que dias antes tinham levado os guarda-chuvas daquele mesmo sítio! Ia ser bonito!
Disfarçadamente, peguei nos sapatos, meti-os dentro de casa e perguntei: 'Sem estarem calçados não faz mal, pois não?'

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Ainda o 31 de Agosto


No dia 31 de Agosto, último dia de praia, os meninos que tinham frequentado a praia durante aquele mês, juntavam-se para as brincadeiras habituais e no final faziam um lanche reforçado todos juntos e ficava-se na praia até mais tarde.
Antes do lanche dávamos todos um mergulho, o do Adeus e no fim numa roda cantávamos aquela canção.

NA altura eu achava graça ao ritual, mas visto à distância, acho que é daí que fiquei a não gostar da palavra 'Adeus'... é que Adeus é para sempre e a maior parte dos amiguinhos da praia nunca mais os vi... salvo os que já conhecia de antes, ou aqueles que, entretanto, os pais se deram ao conhecimento e ficaram amigos.
Adeus é palavra que eu raramente uso, diria nunca (que também não gosto) ... as minhas despedidas são sempre com um 'Até Logo' ou 'Até Amanhã'