Já estão com água na boca?
Nenhum homem é uma ILHA isolada; cada homem é uma partícula do CONTINENTE, uma parte da TERRA; se um TORRÃO é arrastado para o MAR, a EUROPA fica diminuída, como se fosse um PROMONTÓRIO, como se fosse a CASA dos teus AMIGOS ou a TUA PRÓPRIA; a MORTE de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do GÉNERO HUMANO. E por isso não perguntes por quem os SINOS dobram; eles dobram por TI - John Donne
terça-feira, 30 de junho de 2009
Quarto com Vista: As Sobremesas
Já estão com água na boca?
Post Twitter: Os Focinhos estão bem
Quarto com Vista: 22h22m, 22ºC
Depois de uma manhã na piscina, que estava por nossa conta, resolvemos ir almoçar ao O'Grove. Terra de bom marisco, não podíamos deixar de o comer... e comemos uma coisa que há muito não comíamos e é do mais saboroso: camarões pequeninos, a que no Porto, chamamos 'camarão da costa', um camarão muito pequenino e muito laranjinha.
Tal como os sítios que temos revisitado por aqui, O'Grove também evoluiu. Está muito mais mais limpa e as infraestruturas melhoraram muito. Deixou de ter aquele ar de alguns anos atrás de vila piscatória em que parecia que a qualquer momento íamos pisar uma sardinha caída do cabaz do peixe de algum pescador...
Almoçamos uns mexilhões ao vapor e um linguado, como já não comia desde criança, quando a minha avó mos cozinhava...
O tempo é que apesar de não estar mau, também não está de modos a pedir praia a toda a hora e por isso podemos sempre dar uns passeios maiores sem sofrer com o calor.
Jantamos em Porto Novo, na Curva.
A Batea está fechada. Será que vou embora sem lá ir? É uma falha muito grande... o melhor restaurante de Porto Novo!
Às 22h22 a temperatura era de 22ºC, mas agora parece que vamos ter uma chuvita durante a noite...
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Deitei-me a ler e adormeci. Raramente durmo de dia e quando isso acontece acordo enjoada, desorientada e de mau-humor.
Alguém vai ter que me aturar, ai se vai!
segunda-feira, 29 de junho de 2009
O Principezinho
Quarto com Vista: Combarro
Quarto com Vista: As Primeiras Horas
domingo, 28 de junho de 2009
Era uma amizade incompreendido por uns, não aceite por outros e admirada por uma pequena fracção. Todos partilhavam o mesmo sentimento em relação a esta amizade: incompreensão.
Joana e Pedro eram primos e filhos de famílias importantes de Luanda. O Pai de Joana era militar e o de Pedro um conceituado médico.
Adolfo era filho do criado de casa de Pedro. A Mãe de Adolfo, criada da casa, morrera de parto. O Pai, na altura, motorista da família, sem saber o que fazer à criança pedira ajuda à Sra D. Maria Amélia, mãe de Pedro, que tendo dado à luz meses antes, logo se prontificou a cuidar da criança.
Assim a criança foi criada com Pedro. frequentou as mesmas escolas, usava as roupas que Pedro, mais velho uns meses e mais desenvolvido, deixava e ia de férias com a família.
Joana, visita assídua da casa dos tios, desde muito cedo partilhou as brincadeiras com os dois rapazes, que nutriam por ela um sentimento protector de 'irmão mais velho'.
Se hoje, em pleno século XXI, a amizade entre pessoas de diferentes raças é vista com desconfiança, nos remotos anos sessenta do século XX, muito mais era.
Quando as crianças entraram na adolescência e Joana se tornou numa linda jovem, foram muitas as vozes a advertir a esposa do Senhor Comandante, a Mãe de Joana, para o perigo daquela amizade. 'A menina Joana tem muito á-vontade com o negro. Não é saudável', advertiam as amigas da canastra, com quem a mãe de Joana se reunia todas as semanas.
Nada disto os separou. A verdade é que nem o Comandante, nem o Médico fizeram nada para tal. O Médico tinha confiança na educação que estava a dar ao rapaz e o Comandante tinha a filha como uma rapariga sensata.
As crianças cresceram e chegou a altura de irem estudar para a universidade. Mais uma vez, Adolfo não foi marginalizado e foi mandado com Pedro para a metrópole para continuar os estudos. Pedro estudaria medicina e Adolfo direito. No ano seguinte chegou Joana, que também ingressou em Direito.
Os três amigos eram agora mais inseparáveis que nunca. Os pais de Pedro tinham alugado uma casa no Porto e contratado uma governanta para tomar conta dos meninos.
Era uma amizade pouco compreendida, menos ainda na metrópole que em Luanda. Joana e Adolfo andavam sempre juntos. Era inevitável. Viviam na mesma casa, frequentavam o mesmo curso. Na faculdade de direito começaram a ser vitimas de discriminação. Adolfo porque era preto e Joana porque era amiga dele.
Passaram a viver entre perseguições da polícia política e do racismo dos colegas e professores. Tudo foi ultrapassado. Acabaram o curso, Pedro e Adolfo voltaram para Luanda. Joana ficou no Porto.
Pedro arranjou colocação no hospital de Luanda e Adolfo num escritório de advogados de Luanda.
Depois disso muitas coisas aconteceram. Pedro casou, Adolfo não. Não sabia bem porquê. Joana, essa também continuava solteira. Também não compreendia. Com o 25 de Abril, a família regressou toda para o Porto. Adolfo ficou em Luanda. Era a terra dele, onde estava a sua família.
Passaram-se trinta anos. Joana e Pedro, agora divorciado, resolveram voltar a Angola. Adolfo recebe-os no aeroporto.
Abraçam-se os três e choram, choram toda a saudade de 30 anos.
Racismo, sociedade, mentalidades, tudo mudo. A amizade deles não. Mantém-se firme e sólida como desde o primeiro dia.
Ficção para a Fábrica de Histórias
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E tenho este maravilhoso céu azul...
Tenham uma boa semana...
Post SMS
sábado, 27 de junho de 2009
Boa Sorte FD
Foi no Flor do Sal e como tem vindo a ser hábito, estava tudo óptimo.
Desta vez foi porque um colega nosso de trabalho vai mudar de empresa... vai para uma outra empresa do nosso grupo mas noutra cidade. Foi o jantar de despedida.
Nestas situações ficamos sempre com aquele sentimento duplo: o de alegria porque ele vai porque quer e é o que ele acha ser o melhor para ele e por outro porque é uma pessoa a quem nos habituamos e de quem gostamos.
Resta desejar boa sorte e votos de muitas felicidades.
Um
E falta Um, sim Um dia para eu ir de férias...
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sexta-feira, 26 de junho de 2009
Com os blogs escreve-se mais, mas pior... é o Sr Saramago quem o diz
'Com os blogs escreve-se mais, mas pior...', Diz José Saramago. Ele diz também gostar de blogues, gostar do seu e ler muitos.
Diz ainda que escreve no blogue com o mesmo cuidado com que escreve os seus livros...
Ora, cá nós também, com a diferença que (ainda) não escrevemos livros e não nascemos com o dom dele para as letras... cada um tem as suas limitações...
Dois
Da Wiki:
2 (number), the natural number following 1 and preceding 3
É sempre bom saber estas coisas… pois porque nem todos sabemos que o dois segue-se ao 1 e precede o três!
Para os Chineses é número de sorte. Têm um provérbio que diz ' As coisas boas vêm aos pares.'
Mas importante mesmo é que faltam 2 dias….
… para as FÉRIAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Tristeza: Morreu Farrah Fawcett/Farrah Fawcett died Thursday. She was 62.
Pois e depois da surpresa com a morte de Michael Jackson, não posso dizer que fiquei surpreendida com esta notícia. Fiquei sim, muito triste.
A loirinha Jill dos Anjos de Charlie, que até tenho vindo a ver na RTP Memória, morreu vitima de cancro.
Ao contrário da anterior que acabou por aparecer nos jornais on line todos, esta notícia só encontrei na CNN : Farrah Fawcett, the blonde-maned actress whose best-selling poster and "Charlie's Angels" stardom made her one of the most famous faces in the world, died Thursday. She was 62.
Vou continuar a ver os Anjos de Charlie na RTP Memória...
Surpresa: Michael Jackson morreu/Michael Jackson, pop music legend, dies at 50
Acabo de ler no Público online a notícia de que Michael Jackson morreu!
Morreu aos 50 anos vitima de ataque cardíaco.
Confirmado em mais jornais e no site da CNN... 'Michael Jackson, pop music legend, dies at 50
RIP.
(foto tirada da net)
Força Amigos
Para o meu Amigo e família, de quem também sou amiga, quero deixar aqui um grande beijinho e dar muita força, neste momento menos bom da vida deles.
Tudo vai correr bem e pensem sempre que o pior já passou... dias de muita alegria e felicidade esperam-vos.
Um Xi-coração muito grande para vocês todos... gosto muito de vocês e tenho muito orgulho em ser vossa amiga e em ter-vos como amigos.
E não tarda nada estes dias não passarão de uma vaga lembrança de dias menos bons.
Não vá ser contagioso...
Uma dessas pessoas estava a escreve um email em inglês e às páginas tantas pergunta-me:
Quando coloco 14h00, ponho à frente am ou pm?
A primeira reacção é: '14, duas da tarde...pm'.
Fui a tempo de lhe responder: ' Então se é 14h00, não tens de por nada... isso era se pusesses 2h00!'
Dessas pessoas é fugir a sete pés... não vá ser contagioso...
Nota: ele falava a sério.. estava a escrever um email para o administrador!
Um colega de trabalho foi transferido para outra empresa do grupo.
Amanhã vai embora e segunda já começa na nova empresa... aos 26 anos estes luxos ainda são possíveis.... não doem!
Amanhã é o jantar de despedida e para que ele não se esqueça tão cedo de nós. resolvemos comprar-lhe uma prenda.
Sendo ele um puto, como nós dizemos, que vai sair da casa dos pais para ir viver sozinho, a prenda certa, achamos nós, era uma companhia.
Não, não compramos um gato nem um cão. Compramos algo mais parecido em formato com o ser humano: uma boneca insuflável!
Ele vai apanhar cá uma surpresa que vai cair para trás. Mas antes dele, já eu e o colega que foi comigo comprar a prenda ficamos surpreendidos. É que este tipo de bonecas há-as para todos os tamanhos e gostos. Pensando eu que isto é para brincadeiras tipo despedidas de solteiro, vi que estava enganada. Há pessoas que usam mesmo a boneca e os fabricantes têm esse factor em consideração, havendo mesmo bonecas anti-alérgicas!
E claro, depois há-as loiras, morenas, cabelo comprido, curto, enfim...
E eu que sempre que aquilo era para uma brincadeira do momento e nada mais!
Bom, o meu colega só ficou surpreendido com a variedade e, pelo menos na minha frente, mostrou-se pouco surpreendido com a extensibilidade do uso das ditas!
Pois, e aí o meu colega mostrou-se surpreendido, quem quiser pode optar por um burro em vez da boneca!
Mais não digo. Sou mesmo uma desinformada. Este mundo das fantasias é-me mesmo completamente desconhecido!
Perguntem lá: Por onde tens andado Reflexos?
Três
quarta-feira, 24 de junho de 2009
D. Afonso Henriques, os CTT e a Fundação de Portugal
'Quem foi o fundador de Portugal?'
Será esta a pergunta de história de Portugal com menos respostas erradas. No meio de dinastias trocadas e cognomes errados esta ser´´a respondida concerteza com ? D. Afonso Henriques.'
Pois foi e nasceu há 900 anos, a 24 de Junho, foi o fundador de Portugal e sobre o seu local de nascimento já não há tantas certezas.
Para assinalar esta data os CTT associaram-se às comemorações do 9º centenário e emitiram um produto filatélico alusivo à data.
Pelas imagens disponibilizadas, pois hoje devido ao feriado municipal não foi possível levantar nos CTT, as peças são lindíssimas.
Esta emissão justifica a opinião de quem diz que os selos portugueses são dos mais bonitos do Mundo... sim do Mundo, leram bem!
O Melhor Café...
É um café central, onde pára todo o tipo de pessoas. É engraçado, e isso já o disse aqui, como em poucos minutos o 'cenário' daquele café é capaz de mudar radicalmente!
Tanto está cheio de avozinhas a tomarem o seu cházinho e a falarem dos netos... e das que não puderam ir naquele dia.; como está cheio de figurões de rasters, com calças feitas de um tecido que mais servia para fazer colchões ou pijama...
É único mesmo este lugar...
...Ah, e o melhor café não é o da Brasileira, mas as chávenas são lindas, uma réplica das antigas.
Quadras de São João- As Vencedoras do JN 2009
As de 2009 já estão visíveis na edição on line:
1693 1.º prémio
Sou ateu mas faço santos,
cascatas, figuração,
faço risos, faço prantos,
faço a vida ó S. João!
Artesão395 2.º prémio
Uma oculta semelhança
No baile vi traduzida:
São vida os passos da dança,
São dança os passos da vida
Poeta Bailarino
************************************************3191 3.º prémio
Sem ter dons de pensamento,
Sem ser santo ou vagabundo,
Nunca tive acolhimento
Nas cascatas deste mundo
Pau Santo
************************************************1944 4.º prémio
De ti falou toda a gente,
mas não te importes, meu bem;
quando a água é transparente
vê-se no fundo o que tem!...
Romão
************************************************3353 5.º prémio
Ai, mulheres, saiam de casa,
No São João, façam greve!
Como eles, batam a asa,
Como eles... de ânimo leve...
Femi-Nista
************************************************1214 6.º prémio
só para a dança não vás;
Que a roda pode contar
As voltas que tu não dás...
Olho Vivo
************************************************1133 7.º prémio
Uns vêm cheios de enlevos,
outros de tristes nascentes...
Só me dá pena que os trevos,
tenham sortes tão diferentes!...
Albatroz
************************************************98 8.º prémio
Maria, se vais à fonte,
Cuidado co'a cantarinha,
Não vá ser que haja no monte
Uma sede igual à minha...
Troca-Tintas
************************************************948 9.º prémio
Por eu saltar a fogueira
Riram de mim, São João:
Que tem ser velha e gaiteira,
S'inda pula o coração?...
Velha Gaiteira
************************************************3934 10.º prémio
O vento enrola na corda
a roupa nela estendida,
S. João bem me recorda
o estendal da minha vida!
Estela Polar
************************************************
3416 11.º prémio
Tua boca - canção leda...
Meus olhos - trevos da sorte...
... Acabámos labareda.
Depois... cinza ao vento Norte!
Fénix
************************************************
387 12.º prémio
Juntinho ao teu coração
Que a dança põe excitado,
O Cristo do teu cordão
Nem parece um condenado
Dom Pina
Qu4tro
terça-feira, 23 de junho de 2009
Quadras de São João (III)
Quadras de São João (II)
Quadras de São João
Não são da minha autoria, são de autores desconhecidos... a rima nunca foi o meu forte...
Bom São João
Tim Burton's Alice In Wonderland Trailer
Este homem é único, ou se detesta ou se adora as obras dele... eu adoro.
São João no Porto, São João em Braga
Guardo recordações da minha adolescência em que esperávamos ansiosamente por esta data para poder estar a noite toda fora de casa... era chegar só na manhã do dia seguinte a casa. A noite normalmente acabava no areal de Matosinhos, onde o meu Pai estava lá, não à minha espera mas para a sua corridinha matinal.
Esperava por ele e lá vínhamos, eu e mais os que cabiam no carro, para São Mamede.
Momento únicos e deliciosos que só podiam ter sido vividos naquela época e naquela idade... numa outra não teriam qualquer valor!
Da infância recordo-me do meu primeiro São João, com os meus Pais e os meus Avós. Escrevi sobre isso o ano passado, ainda no 'Espelho Meu' e importei para aqui. Infelizmente falo lá de coisas de um passado bem mais recente do que a minha infância que já não se podem concretizar, mas Alguém mais poderoso que nós assim quis e é de aceitar e respeitar acima de tudo.
Um bom São João onde quer que o festejem, no Porto, em Braga...
CINCO
a, e, i, o, u
Cinco são os dedos de cada mão e de cada pé:
Polegar, Indicador, Médio, Anelar e Minímo.
Cinco são os dias que faltam para as férias:
Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado
segunda-feira, 22 de junho de 2009
No dia em que Ponte da Arrábida foi Inaugurada
Faz hoje quarenta e seis anos, estava o meu Pai, ainda namorado da minha Mãe em África e o meu Avô de serviço, elas decidiram ir à inauguração da Ponte da Arrábida.
Almoçaram, arranjaram-se a preceito, afinal ia estar lá o Sr Américo Tomás, o Sr Governador Civil e com sorte ainda veriam o Avô.
A zona estava em festa e tinha-se montado uma feira, que habitual no São João se tinha antecipado uns dias para a inauguração da ponte.
A Avó decidiu então comprar uma fogaça, que colocou debaixo do casaco que entretanto tirara devido ao calor.
A uns metros de ter comprado a fogaça, mesmo no meio da confusão a Avó pergunta à Mãe se queria fogaça. A Mãe 'armada em fina', palavras da Avó, disse que não, que estava muita gente, que comia mais à frente quando estivessem mais afastadas da confusão.
Inaugura ponte, passam celebridades, pessoas a acenarem e de vez em quando a Mãe olhava para Avó e via-a a mexer a boca. Não deu muita importância, mas passada a confusão e tal como havia planeado, pediu fogaça à Avó.
A resposta foi: 'Se queres vai para trás comprar outra. Já comi toda.'
'oh, Mãe, mas eu tinha dito...'
´Pois é para a próxima não te armares em fina'.
E pronto serviu a história para ser contada na família sempre que se falava da ponte. A Mãe sempre resmungava com a Avó , pois 'podia ter-me guardado um bocado, ao menos!', dizia a Mãe ao que a Avó respondia:'Foi para aprenderes a não te armares em fina. Não deixavas de ser quem és por comeres a fogaça no meio da multidão'. E lá ficavam elas um bom bocado neste bate papo, enquanto o Avô sorria, bom conhecedor que ele era das duas: as duas rebeldes, as duas teimosas, mas as duas tão diferentes e no fundo tão iguais!
E já se passaram 46 anos sobre esse dia e muitas outras coisas se passaram...
A Ponte da Arrábida ( da Wiki):
A Ponte de Arrábida é uma ponte em arco sobre o Rio Douro que liga Porto (pela zona da Arrábida) a Vila Nova de Gaia (pelo nó do Candal), em Portugal.
No tempo da sua construção em 1963, a ponte tinha o maior arco em betão armado de qualquer ponte no mundo.
O comprimento total da plataforma é de 615m, tendo uma largura de 27m. O seu vão de 270 m, e 52 m de flecha, arco esse constituído por duas costelas ocas paralelas, de 8 m de largura ligadas entre si por contraventamento longitudinal e transversal.
O engenheiro responsável pelo seu projecto e construção foi Edgar Cardoso.
Notícia: Sete feridos em turbulência com A330 da Qantas em voo entre Hong Kong e Austrália
Sete pessoas ficaram feridas quando um Airbus A330 da australiana Qantas entrou hoje numa zona de forte turbulência entre Hong Kong e Perth, Austrália, anunciou a companhia, rejeitando ligações a outros incidentes envolvendo aviões idênticos.
Seis passageiros e um membro da tripulação receberam tratamento a bordo depois do incidente que aconteceu cerca de quatro horas depois da descolagem.
O avião, com 206 passageiros e 13 tripulantes, aterrou em segurança em Perth como previsto.
Fonte (notícia e foto): Lusa
SEIS
À dúzia é mais barato...
Compra-se uma dúzia de ovos...
Uma resma de papel ( que para quem não sabe é uma dúzia de dúzias)...
e SEIS, que é meia dúzia, é quanto falta para as férias!!!!!!!!!!!!
domingo, 21 de junho de 2009
A Camisola Verde
Os sacos são descarregados dos camiões e um grupo de mulheres, umas voluntárias da ONU e outras residentes no campo, começam a seleccioná-las por sexos, primeiro, por tipos e finalmente por tamanhos.
Depois de separadas são colocadas em prateleiras para a distribuição do dia seguinte.
Logo cedo pela manhã, forma-se uma fila junto ao pavilhão. A notícia de que agasalhos haviam chegado tinha corrido de boca em boca e as pessoas, receosas do frio e desprovidas de agasalhos, cedo se dirigiram para o centro.
Irina está entre o grupo de pessoas. Tem treze anos e uns longos cabelos negros que lhe emolduram o rosto moreno. Irina perdeu a pouca família que tinha, o Pai, a Mãe e o irmão, na guerra. Antes da guerra a família dela fazia parte do grupo de famílias da classe média. Eram felizes, 0 Pai era engenheiro aeronáutico na fábrica dos aviões e a mãe professora de inglês no colégio da terra. Irina e o irmão, mais novo três anos, eram duas crianças felizes, que viviam sem preocupações. Andavam no colégio onde a Mãe dava aulas, Irina tinha aulas de ballet e o irmão era uma promessa da natação, segundo os entendidos.
Na férias iam de férias para uma casa junto ao mar que os pais alugavam durante três semana. Eram dias maravilhosos, de felicidade a quatro.
Um dia o país entrou em guerra. O pai foi destacado para a força aérea e a escola fechou. A mãe passou, desde então, a ser voluntária no campo de refugiados que entretanto foi instalado na cidade. Vieram pessoas de todos os lados. Irina e o irmão, sem escola, passaram a ficar em casa, enquanto a mãe ia para o campo trabalhar. Cada dia que passava o número de refugiados aumentava e tornava-se cada vez mais difícil alimentar e tratar de tantas pessoas. Parte dos brinquedos, livros e roupas de Irina e do irmão foram levados para o campo. Nem ela nem o irmão se incomodaram. Eram brinquedos que os tinha feito muito felizes e que agora seriam para fazer outras crianças menos infelizes, pelo menos.
Um dia houve um surto de tifo no campo e a mãe, fragilizada devido ao excesso de trabalho, também ficou doente. Foi levada para o hospital, mas nem os médicos da AMI a salvaram. Do Pai não havia notícias. Tinha sido dado como desaparecido em combate.
Irina e o irmão, sozinhos, passaram a viver no campo, juntamente com os centenas de outros meninos nas mesmas condições, de quem a Mãe ajudou a cuidar...
Os dias deles eram todos iguais. Viviam numa camarata juntamente com os outros meninos com quem inventavam mil e uma brincadeiras para passar o tempo.
Os momentos de felicidade passaram a ser outros para aquelas crianças. Já não eram os momentos passados na casa da praia, já não eram os brinquedos que recebiam no Natal e no aniversário e muito menos ganhar as provas de natação ou ter sucesso nos recitais de ballet.
Os momentos de felicidade daquelas crianças eram, agora, acordarem de manhã, sem que o campo tivesse sido bombardeado. Era saberem que o leite tinha chegado ao acampamento, que iam ter pão e essa mesma felicidade ia ao rubro quando as refeições eram algo mais que sopa.
Um dia o irmão ficou doente e morreu. Tinha uma infecção renal muito grave e não havia antibiótico no campo para o tratar.
Irina ficou só no meio de muita gente....
Chegou a vez de Irina ser atendida. A senhora que estava a fazer a distribuição, perguntou-lhe de que precisava. Disse-lhe que precisava de uma calças e de uma camisola quentinha. A senhora tirou da prateleira uma camisola.
'Irina, minha querida, para o teu tamanho só tenho esta. Mas tem um buraco na manga. Irina olhou para a camisola e sentiu-se feliz como há muito não se sentia. Era uma linda camisola verde, em lã com uma grande gola.
'Gostas?', perguntou a senhora.
'Gosto sim. Faz-me lembrar uma camisola que a minha mãe me deu há três natais atrás... tinha sido feita por ela. Obrigada. É linda.'
A senhora sorriu, afagou-lhe o rosto com as mão e disse-lhe: ' Que Deus te abençoe minha querida.'
Irina depois de um 'Muito Obrigada' muito sentido saiu do pavilhão aos pulos agarrada à camisola como se o maior presente do mundo tivesse ganho... sentia que tinha recuperado um bocado do passado e com isso, os pais, os natais, a casa... a felicidade dos outros tempos.
As Crianças
Segundos depois ela liga-me de volta e a rir-se diz-me:
O Meu filho foi a correr ao quarto dizer que o telemóvel estava a tocar e disse: 'Ó Mãe é alguém que quer falar contigo!'. Quando parou de tocar disse: 'Afinal já não querem!'.
AMI: 14ª Campanha de Reciclagem de Radiografias:de 5 de Junho a 3 de Julho de 2009
Para quem não sabe o que fazer com as velhas radiografias que tem em casa, agora pode entregá-las na farmácia. A AMI deu início à
14ª Campanha de Reciclagem de Radiografias: 5 de Junho a 3 de Julho de 2009
Do site da AMI:
A AMI realiza, desde 1996, anualmente a Campanha de Reciclagem de Radiografias.
Em semanas previamente anunciadas a AMI apela para que a população em geral contribua deixando as suas radiografias com mais de 5 anos ou aquelas que já não têm valor de diagnóstico nos sacos disponíveis em qualquer farmácia, sem relatórios, envelopes ou folhas de papel.
Cada tonelada de radiografias dá origem a cerca de 10Kg de prata. A venda da prata ajuda a AMI a partir para aqueles pontos do mundo em que aconteçam catástrofes naturais ou onde a ajuda humanitária seja premente e a melhorar ainda mais a assistência que prestamos aos mais desfavorecidos em Portugal.
Ao participar está também a proteger o ambiente: reciclar as radiografias evita lixo e recupera um metal precioso.
Como vê, não só ajuda os outros como se ajuda a si próprio e aos seus filhos a preservar o planeta.
É graças ao apoio de ANF - Associação Nacional de Farmácias, Young&Rubicam, TNT e de muitas outras entidades, que a AMI consegue realizar esta campanha.
sábado, 20 de junho de 2009
2ª Caminhada pela Fertilidade
Do site da Associação Portuguesa de Fertilidade
2ª Caminhada pela Fertilidade
No próximo dia 21 de Junho, 10h, a Associação Portuguesa de Fertilidade promove a 2ª Caminhada pela Fertilidade, no Parque da Cidade/Porto, assinalando o Dia Nacional da Fertilidade e o Mês Internacional da Fertilidade.Esta iniciativa, com um percurso de 2km, em por objectivo sensibilizar os cidadãos para os actuais problemas de fertilidade e visa promover a saúde reprodutiva em geral.
A todos os participantes será oferecido um Kit-Caminhada, distribuído no local da concentração, onde a APFertilidade manterá uma tenda fixa com actividades recreativas das 10h às 13h.
A participação na Caminhada é gratuita, mas exige uma inscrição, por razões logísticas.
Da 1ªa Caminhadas a 1 de Junho de 2008
OITO
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A ser optimista: É só o fim-de-semana, depois dois dias de trabalho, um feriado, mais dois dias, o Sábado e... ala que se faz tarde! Está mesmo quase!
A ser péssimista: Ainda tenho o fim-de-semana, dois dias, na segunda uma apresentação para fazer ao big boss, um feriado para quebrar ainda mais, mais dois dias de seca, o Sábado e só depois o Domingo... como está ainda longe!
Vou pela primeira...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
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Já Marquei
A hipótese seguinte foi a Costa Vicentina. Fraca a relação preço/qualidade. Acreditam que no que respeita estadia fica mais barato Dubrovnik num hotel de quatro estrelas, que um turismo de habitação na costa Vicentina?!.
Não. Vai ser mesmo Sanjenjo ou sanxenxo, como eu gosto mais de escrever... à galega.
Um hotel de quatro estrelas, com piscina e a 400 metros da praia durante 10 dias.
É do que estou mesmo a precisar de 10 dias de 'fare niente'! Claro que gostava de ir à Croácia, por um lado, pois adoro viajar, conhecer novos sítios e ver coisas novas. Para além disso gosto de andar de avião. Por outro lado, o que estou mesmo a precisar é de uns dias de descanso e na Croácia ia fazer tudo menos descansar. E eu preciso de descansar mesmo. É que já passei aquela barreira do cansado em que umas férias super activas são do melhor, aquelas a que chegamos ao fim com ' corpo cansado, mente nova'. Mas para essas férias é preciso não deixar as reservas baixarem dos minamos... aqueles que há muito já eram!
E vou ainda antes do fim do mês... lol.
Começar a escolher os livros, procurar as roupas de praia... e se chover, também não faz mal... adoro chuva à beira mar.
E esta é para os invejosos e invejosas que já estão a pensar: 'Havia de chover!'... Pois que chova! Fiquem lá com o gosto... é que trabalhar e ter chuva é bem pior que ter chuva e estar se fazer nada... hihi...
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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Estou com síndrome de um dos sete pecados: PREGUIÇA.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Braga, as Obras e o São João
Mas também reconheço que em matéria de obras publicas não há igual no que respeita a cumprimento de prazos.
O ano passado no fim de Junho, depois do S. João, começaram as obras de alongamento do túnel da Avenida da Liberdade, com um prazo estimado de duração de um ano.
Estamos novamente no S. João e as obras estão praticamente acabadas!
2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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domingo, 14 de junho de 2009
Dar Sangue é dar Vida
Este post foi escrito num outro blogue, O 'Espelho Meu' em Julho de 2008. Hoje, publico-o enquadrado no Dia Mundial do Dador de Sangue.
Entretanto ganhei coragem, mas não posso ser dadora... tenho 'um feitio' no meu sangue que não responde aos requisitos necessários para poder ser dadora.
A Propósito de uma Campanha que vi em outdoors de colheita de dávidas de Sangue nos próximos dias.
A propósito disso, também não encontro essa campanha no site do Instituto Português do Sangue!
Lembrei-me de muita coisa. Lembrei-me de duas idas por anos ao, então, Centro de sangue do Hospital de Santo António no Porto, com o meu pai para ele fazer a colheita da sua dávida!
Era nas traseiras do Hospital de Santo António, pegado à casa mortuária, numas instalações minúsculas! Era uma salinha escura, sem janelas com meia dúzia de cadeira, um balcão de atendimento e um bar. Sim, porque no fim da dávida os doadores tinham direito a um lanche..à escolha dentro do que havia: uma sandes, um pastel ou um lanche e uma bebida. O meu pai normalmente bebia um sumo e comia um lanche. É que ninguém podia vir embora sem comer algo! Eu não gostava de lanches, ainda hoje não sou grande apreciadora, mas daqueles gostava..que bem me sabiam aqueles lanches...que manjar! Aquelas idas ao HGSA eram mágicas!
Para mim aquilo era algo de muito importante! O meu pai naqueles dias tinha ainda mais valor que nos restantes dias!
-O meu pai foi dar sangue e, eu fui com ele!-dizia eu toda orgulhosa a quem quisesse ouvir!
-O meu pai é dador de Sangue!, dizia eu sempre que queria enaltecer o meu pai!
Quando descobri que havia pessoas que vendiam sangue, perguntei ao meu pai porquê. Respondeu-me que era porque precisavam do dinheiro, eram pessoas com necessidades e era uma forma de ter mais algum!
E realmente a partir daí passei a observar as pessoas e a ler nos olhos delas a intenção com que elas iam ali! Os dadores com uma entrega total, um sorriso, simpatia...os outros com semblante fechado, sem expressão, cheios de pressa à espera do lanche e a confirmação vinha quando eles reclamavam da qualidade do lanche que era servido!
-Se tem algum jeito, vem uma pessoa aqui, tirar sangue ( não era dar, era tirar), fica fraca e dão-nos esta miséria!
Um dia resolveram atribuir medalhas aos dadores:
-O meu pai tem Medalha de Cobre de dador de Sangue!
-O meu pai já tem Medalha de Prata de Dador de Sangue!
-O Meu pai tem Medalha de Ouro!
Que orgulho! E esse orgulho foi-me incutido pelo meu pai ao longo dos seus gestos, da forma como ele levava esse gesto tão a sério!
Não sei explicar bem, mas estas minhas exibições eram só mesmo orgulho, orgulho por o meu pai contribuir para aquelas pessoas acidentadas que precisavam de sangue, para as pessoas doentes...sim por mais que uma vez vi o meu pai a reunir pessoas para irem com ele dar sangue porque alguém precisava de uma transfusão urgente!
O orgulho com que ele exibia o cartão de 'isento' nas entradas dos hospitais, porque era dador de Sangue! é indescritível...não era porque poupava dinheiro ou porque, naquele tempo se entrava nas visitas do hospital a qualquer hora...era porque estava a ajudar!
Aí sim, o meu orgulho atingia os limites!
O meu pai começou a dar sangue muito novo. Quando foi para África em 1961 já era dador e, estava de tal modo habituado às dávidas semestrais que em plena campanha militar o médico do regimento teve de lhe tirar sangue e deitar fora, pois não tinha como o acondicionar, mas o meu pai estava a entrara em sofrimento!
Eu adorava contar esta história!
O meu pai agora já não dá sangue... atingiu o limite de idade... acho que esse foi o único, ou pelo menos das poucas coisas, que o deixarem triste por ter chegado aos 60 anos!
Agora, assim como contava estes feitos do meu pai, digo com muita tristeza que não tenho a coragem dele! Gostava, sim gostava muito, de doar Sangue, mas não tenho a força dele! É que para além da força é preciso um sentimento de entrega que eu não consigo ter!
Pai, se eu tivesse de ter escolhido um pai, escolhia-te a ti sem hesitar! Por isto e por muiiiito mais!
14 de Junho: Dia Mundia do Dador de Sangue
14 de Junho, Dia Mundial do Dador de Sangue.
Dar Sangue é dar algo que não nos faz falta, mas que pode ser a diferença entre a vida e a morte para alguém.
Esse alguém', pode ser um de nós, amanhã!
Vejam a Página do Instituto Português de Sangue, IP e vão ver que não dói e não custa nada...
Atletismos: Portugal conquista 11 medalhas no Europeu de desportos para cegos
A selecção portuguesa de atletismo conquistou 11 medalhas no Campeonato da Europa IBSA (Federação Internacional de Desporto para Cegos), que hoje terminou em Rodes, na Grécia
As 11 medalhas conquistadas - três de ouro, quatro de prata e quatro de bronze - colocaram Portugal no sétimo lugar do ranking de países participantes.
Nuno Gonçalves T11 (cegos totais) conquistou duas medalhas de ouro, nos 5.000 e 1.500 metros, às quais se juntou a conquistado por Luís Gonçalves (T12) nos 400 metros.
Parabéns Nuno, Parabéns Luís, Parabéns para toda a selecção. Um bem-haja para todos e um
Muito Obrigada
Adenda: Pois é, vende mais a transferência do Ronaldo...
sábado, 13 de junho de 2009
Hoje acordei assim, FELIZ
Numa noite teve tudo a que sempre achou ter direito e nunca em décadas de vida terrena o conseguiu.
Naquela noite foi feliz, viveu um grande amor, fugiu com ele e foi muito feliz.
Numa noite encontrou o amor, libertou-se de uma vida que não gostava e foi feliz... até o despertador tocar.
Foi uma noite como há muito já não tinha. Daquelas em que acordamos a meio de um sonho e fazemos u esforço enorme para voltar a dormir para 'acabar' o sonho.
O seu amor estava ali perto, pertinho. Reconheceu-o no sonho. Era alguém que conhecia há já muito tempo, mas que sempre fora um mero conhecido. Era alguém com quem se encontrava amiúde em festas, no café e com quem se cruzava no bairro. As suas palavras pouco iam para além do 'Bom -dia'.
No sonho não. No sonho encontrou-o noutra cidade, apaixonaram-se. E porque estava ela sozinha noutra cidade sem o João? Pois estava cansada, cansada da vida que levava e tinha tido a coragem de largar tudo, o marido, os filhos, os pais, o emprego, comprar um bilhete de avião e ir...
O bilhete foi o primeiro que lhe apareceu no site da companhia de aviação e que pudera comprar com as milhas. Não sabia bem onde estava. Também não fazia mal. Estava feliz, num sitio bonito.... e encontrou-o, ao Amor.
Como cá fora, fora dos sonhos, quando encontramos pessoas com quem nunca falamos fora da rotina , temos tendência para falarmos e comentarmos os facto.
Foi o que aconteceu. Encontraram-se e falaram. Chegaram à conclusão que estavam os dois ao mesmo... À procura do amor. E que tinham fugido os dois do mesmo. Do que não queriam. De uma vida rotineira, de um emprego chato e de um casamento que os estava a sufocar.
O sitio eram lindo. Tinha monumentos, jardins, e pessoas, muitas pessoas. Mas eram pessoas que não olhavam umas para as outras, que não comentavam o estar das outras. Eram pessoas que sorriam, pessoas serenas, pessoas amavéis... pessoas lindas cuja beleza vinha de dentro.
Sentaram-se num banco de jardim e olharam-se nos olhos durante muito tempo. Apaixonaram-se.
Era a última noite deles ali naquele sitio. A paixão estava ao rubro.
estavam apaixonados como nenhum deles sabia ser possível e naquela noite concretizaram a paixão com uma linda e longa noite de amor. Amaram-se, amaram-se muito como nenhum deles alguma vez achou que fosse possível.
Tocou o despertador. Ela acordou. Tinha o João a seu lado. Eram seis da manhã. Desligou-o. 'É Sábado, não vou trabalhar', pensou. Fechou os olhos e voltou para junto do seu amor. Continuaram a amar-se mais e mais. Adiaram o regresso. Precisavam de mais tempo para continuarem o amor. Sem mulher, sem marido.
Ali não havia empregos chatos, nem falta deles. Só empregos com chefes sorridentes e colegas amigos.
Iam ficar ali para sempre. Naquele ninho gigante de amor.
Disseram às famílias que não voltavam, nem naquele dia, nem nunca mais. A família ficou triste, só as mães, a dela e a dele, sempre do seu lado incondicionalmente, os apoiou: 'Filha, vou ter saudade, mas se é o melhor para ti, eu fico bem.', disse-lhe a dela.
'Filho, cuida-te. Dá notícias. Se precisares de dinheiro, avisa.', disse-lhe a dele.
Dinheiro?!. Mas que é isso?. 'Aqui não é preciso, Mãe.'.
O despertador voltou a tocar. Eram oito horas agora. Tinha de se levantar. Olhou novamente para João, que dormia a seu lado. Foi um sonho. Foi um sonho onde viveu em oito horas, tudo que queria ter vivido numa vida...
O marido acorda. Ela está feliz, sorri-lhe.
'Que se passa?', pergunta-lhe ele.
'Nada, porquê?', responde.
'Está a sorrir...'
'E que mal tem isso?', perguntou.
'Nada, só que nunca acordas assim...', respondeu admirado.
'Pois não, mas hoje acordei assim...', sentindo-se cada vez mais feliz.
Levanta-se vai para o duche... feliz como nunca...
Ouve ainda o marido a resmungar 'Vá alguém compreender as mulheres...'
Grita de dentro do duche: 'Parece que aqui é crime acordar feliz!'
Ficção para a Fábrica de Histórias