terça-feira, 31 de agosto de 2010

Setembro

Setembro promete ser, como diria um amigo meu, de 'trânsito total'.
E começa já amanhã com uma viagem de trabalho, de dois dias a Leiria.
Para o dia 10 um mega fim-de-semana planeado (em fase de...) com muita gente, tanta que estamos com dificuldade em arranjar onde alojar tanta gente...
Uma semana depois as tão desejadas, merecidas, férias: 8 dias em Albufeira, 4 em Mértola e 4 em Lisboa.
E com isto quando regressar a casa já é Outubro.

Histórias Minhas (VIII)

Paula

Há dias, enquanto via fotos antigas, resolvi digitalizar algumas.
Umas publiquei no FB, a titulo de recordar coisas boas de tempos guardados no fundo do baú da memória.Outras, como esta digitalizei e guardei. Esta é a Paula, uma das gémeas, minha companheira de infância, que já lembrei aqui.
Tudo na sua vida foi muito efémero: casou aos 17 anos, foi Mãe aos 20 de uma filha que a deixou quatro meses depois de nascer.A maternidade também lhe trouxe o início da sua própria viagem de partida. A diabetes, doença com que nasceu, depois da gravidez acelerou de tal modo que lhe afectou os rins e a levou à cegueira.

Na próxima semana seria o dia do seu aniversário, que não passou do 23º.A' meia' história...
A mãe tinha-lhe feito um ultimato. Ou arrumava as coisas do quarto dela, ou da próxima vez que lá voltasse já tudo tinha desaparecido!
Conhecendo a mãe como conhece, sabia que ela não ficaria pelas palavras, pelo que o melhor, era mesmo ir lá a casa tratar do quarto.
Era o seu quarto desde que nascera. Estava lá tudo: a primeira boneca, o primeiro livro, o primeiro vestido, o primeiro tudo dela... até porque também era o primeiro quarto!
A roupa já estava separada. Era pouca, só mesmo aquela que já não lhe servia e... o vestido da comunhão, o traje académico... aquelas coisas que só se usam uma vez, mas que se guardam como que a perpetuar o dia, o momento...
Tinha também, ainda, as batas da escola e a pasta! Uma pasta vermelha, debruada a preto com uns bonecos verde que já não dava para perceber o que eram: se sapos, se tartarugas...
Abriu a pasta. Dentro tinha uma quantidade de coisa soltas... de quando ela brincava às escolinhas com as gémeas. Tinha ganho uma pasta nova na segunda classe e esta ficara para 'brincar'.
Começou a tirar as coisas uma a uma: um caderno de 'duas linhas', daqueles que se usavam para acertar a caligrafia. Estava meio escrito, com caligrafias diferentes, seriam dela e das gémeas. Sim, algumas partes estava bem piores que as outras, tinham sido escritas pela Paula. A Paula tinha uma caligrafia muito má. Lembrava-se agora, que a professora ralhava com ela!
A Paula! A Paula já partiu há muito, muito cedo. Tudo na sua vida foi feito cedo, viveu a vida a correr, como se soubesse que tinha menos tempo que os outros! Nasceu gémea da Isabel, a Bela, como todos lhe chamavam. Eram gémeas 'falsas'. Tão falsas que a Paula nasceu diabética e a Bela não. A Paula dizia-se a mais velha das duas, tinha nascido primeiro, doze minutos antes.
As gémeas, como todos os gémeos eram muito unidas. O que uma fazia, normalmente a Paula, a outra também queria, e fazia.
A Paula quis casar ainda elas não tinham completado 18 anos. Casou num lindo dia de Abril. A Bela foi atrás, casou em Setembro do mesmo ano a dias de fazer os dezoito anos. Aqui foi mais rápida e teve o seu primeiro filho em Abril do ano seguinte. A Paula, desta vez a ser ela a seguidora, engravidou mais tarde, contra todos os conselhos médicos. Correu mal, a gravidez, devido à diabetes foi de risco, de alto risco. A menina nasceu ao fim de sete meses e não sobreviveu. Para a Paula quase que também era o fim, devido À diabetes. Foi o principio. A doença tirou-lhe a visou, parou-lhe os rins e aos 23 anos o coração!

Tentou apagar do pensamento as gémea, pousou o caderno em cima da cama e continuou a tirar coisas de lá de dentro...a caixa de madeira dos lápis, feita pelo avô Reis! Foi feita numa tarde de verão em que ela ficou sozinha com o avô, enquanto a Mãe e a Avó foram à Ribeira d'Abade comprar Sável... no tempo em que se pescava sável no rio Douro...
Era linda, a caixinha, ainda que riscada, lascada e bem mais escura do que quando era nova!
Pousou a caixa em cima do caderninho e continuou. Papéis soltos. Desenhos, ditados, cópias...tudo das brincadeiras com as gémeas... e folhas de revistas, da Nova Gente, da Crónica Feminina, folhetos, enfim, tudo que desse para ler, ia parar aos seus domínios... já naquela altura era assim.
Começou a ver os papéis um a um. Engraçadas as folhas da crónica. Pequeninas, nem A5 eram! E as letras, eram castanhas em papel que não era branco... e pequenas as letras!
As da Nova Gente, essas eram como agora, só não eram todas a cores, só algumas. Por isso, desviou a atenção para uma folha, a cores. Era uma reportagem do Carnaval de Veneza. Tinha uma fotografia de duas pessoas fantasiadas, com umas máscaras brancas e uns turbantes em tons de azul. Lembrou-se, então do dia em que viu aquela foto pela primeira vez. Foi também quando ficou a saber que o Carnaval não era igual em todo o lado e que havia uma cidade em Itália, muito longe, chamada Veneza, onde as pessoas no Carnaval se vestiam, aliás fantasiavam, daquela maneira.
Enquanto a mãe lhe explicava que Veneza era uma cidade muito singular porque era atravessada por canais e se 'andava de barco' em vez de carro, no seu pensamento ia criando a, fantasia também, de que no ano seguinte se ia fantasiar assim e que quando fosse grande havia de ir a Veneza, no Carnaval.
Os planos foram feitas a três, ela e as gémeas. A D. Rosa, a mãe da gémeas que era modista, fazia os fatos. A Mãe que sabia bordar, fazia aqueles bordados e os turbantes e o pai ou o avô as máscaras.
A folha foi guardada religiosamente na pasta, que entretanto foi arrumada... passaram de classe, ganharam pastas novas e a das brincadeiras passou a ser outra. Aquela foi guardada tal qual estava em Junho desse ano. Com ela os planos do Carnaval do ano seguinte...
De tal coisa nenhuma das três se lembrou mais, o normal quando se tem sete anos: o sonho ou vai com o momento ou fica para sempre... este foi-se com o momento!


História escrita para a Fábrica de Histórias.

Nota: Quando comecei a escrever esta história não sabia bem onde ia acabar. Acabou numa história meio verdadeira, infelizmente. A Paula realmente existiu, e tudo que está aqui sobre ela é verdade. A pasta também existiu, a caixa também e... as folhas dentro da pasta também foram encontradas. Não me lembro de ter encontrado nenhuma foto do Carnaval, mas lembro-me de termos tentado convencer as nossas mães a fazerem-nos uns vestidos iguais a uma bonecas 'dama antiga' para o Carnaval.

domingo, 29 de agosto de 2010

Ele perguntou e eu vou responder...

Bem, o Carlos perguntou, eu respondo.

Uma década depois de ter tido uma carrinha Mini, com a qual teve algumas aventuras, o meu Pai descobriu que havia na vizinhança um Mini encostado há um bom par de meses.
Como a minha mãe conhecia a dona do carro foi-lhe perguntar se não estaria interessada em vendê-lo. A senhora ficou toda feliz e só não o ofereceu porque o meu Pai fez questão que a senhora fizesse um preço.
Assim foi, o carro foi pago, os documentos passaram para nós e o carro foi rebocado até à garagem onde o meu Pai tratava dos carros.
Os pneus foram trocados, o motor afinado, uma bateria nova e meia dúzia de contos depois lá estava o carro a rolar...
A ideia inicial era ser o meu Pai andar com o carro, só que, coincidência das coincidências, estava o carro na oficina e roubaram o carro ao meu marido, na época namorado e a viver (já) em Braga.
Mudança de planos e o carro passou para as mãos do Luís, que ou ele nunca teve muita sorte com os carros, ou os carros com ele. (Ao fim de tantas aventuras e desventuras com carros ainda não percebi, mas fica para uma próxima vez.).
E como ia dizendo, quem passou a andar com o carro foi o Luís que fez centenas de vezes, e eu com ele algumas, a A3 entre Porto e Braga, fizesse sol, fizesse chuva e nunca, quase nunca, nos deixou ficar mal... só duas vezes.
Uma foi em Braga à porta do apartamento onde ele morava. A falange partiu. Bem a falange é uma peça em forma de joelho que tem à saída do motor do carro. Ele bem colocou em volta da peça fita de alumínio, mas foi só suficiente para meia dúzia de kilómetros. Era preciso mudar a peça. E se pensamos, logo o fizemos, eu e ele. Fomos a uma loja de acessórios para automóveis, comprámos uma peça nova, as respectivas juntas e, no meio da rua (ele não tinha garagem...) toca a mudar a peça.
Pelo meio ainda descobrimos que não tinhamos as peças todas e, como não conhecíamos ninguém nas redondezas, ainda fui ao hipermercado comprar chaves para trocar a peça.
Duas, três horas depois , estava a peça nova no carro, o carro a rolar como nunca e lá voltou ele à vida dele: à semana por Braga e ao fim-de-semana, Braga, Porto, Ovar; Ovar, Porto Braga sem qualquer queixa.
A segunda vez que o nosso Mimi se portou mal, foi um dia, de Inverno, já noite, quando entro no carro, bato a porta e o vidro da porta me cai no colo em mil pedaços. Era Sexta-feira, noite e estávamos de saída para o Porto!
Viemos na mesma. Eu com o casaco a fazer de manta, a apanhar um frio desgraçado na cabeça e ... sem voz no dia seguinte!
As coisas resolveram-se com a ida à sucata e o Luís e o meu Pai (desta vez não fiz nada) a trocarem o vidro.
Casei, o carro ficou com o meu Pai, que gostava imenso dele, mas a minha Mãe tanto o chateou por causa do carro que ele o vendeu!
Fiquei zangada com ele uns tempos... as zangas com o meu Pai são de estar sempre a lembrá-lo das coisas e não de 'amarrar o burro'.
No meio disto tudo, o carro deu lucro. Entre o que pagou por ele, o conserto inicial, a falange e o vidro, deu lucro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alma Lisboa.

Estou Apaixonada...


Uma das mais bem conseguidas produções da VA dos últimos tempos.
Fiquei-me por esta...


De outros Verões... (III)

A casa para onde fomos não tinha água nem energia.
À noite jogávamos cartas à luz das velas e íamos tomar banho ao riacho que havia a meia dúzia de metros da casa.
Quem nos quisesse ver era por volta das seis da tarde, munidos de champô, gel e toalhas de banho passar para o riacho.
Primeiro brincávamos na água, secávamos na relva e no fim voltávamos para a água, agora com o champô e gel e tomavamos banho.
De manhã éramos acordado por um burro que ia ao tanque que havia em frente da casa, beber água. Desse tanque, que tinha uma torneira, tirávamos água para lavar a cara, os dentes e fazer pequeno-almoço.
Apesar deste handycaps, que nos agradavam imenso e tornaram até as férias mais interessantes, andávamos sempre limpinhos e cheirosos, mesmo com os termómetros a bater nos 40ºC!

E esta foto não é propriamente para mostrar a minha pessoa, mas sim para ilustrar o quanto a aldeia era rural. Todas as casas eram como a que se vê na foto, casas típicas da zona, com escadas em pedra de acesso à casa e na parte de baixo 'loja' e o 'aido' ( leia-se arrecadação e lugar dos animais).
Os nossos carros eram (quase) os únicos na aldeia e em pouco tempo, depois da apreensão que provocamos, já convivíamos com a gente da terra.
Bom, muito bom!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Caipirinha, Francesinhas e afins...ainda

E até se esteve bem no Mirante. Beberam-se as caipirinhas (uma cada um) e eu bebi a minha coca-cola.E que bem se estava à beira rio...


Até aqui tudo tal como planeado.
E é quando de repente se olha, se vê e se começa a sentir a chuva a bater nas costas.
Está a chover!
Pois toca a levantar âncora em direcção à Taberna para as francesinhas.
'Com chuva não vamos ter mesa. Não se vai poder estar na esplanada e o interior é (muito) pequeno.'- pensei e disse.
E disse bem, infelizmente. A Taberna estava cheia, com pessoas já à espera. E agora? Bora a outro sítio. Uns taquinhos de boi no Segredos. Porque não? Porque sim e porque fomos.
Foi bom, mas ficou o sentido na francesinha.
Vamos ter que repetir com o plano completo.
Que chato!
É sempre uma grande chatice passar estes finais de tarde assim: na conversa, a rir, a brincar e muito bem.

Um dia destes (para a semana???) repetimos sem desvios, com o plano integral: caipirinha+francesinha+boa disposição... combinado.

Caipirinha, Francesinhas e afins...

Programa das festas para hoje:

Caipirinhas, caipirões e caipiroscas;

Francesinhas
Bem, eu fico-me pelo prego no prato... e coca-cola.
(alguém tem de manter a sobriedade...)
e agora tenho que ir... late.

Histórias Minhas (VII)

Assim como gosto de partilhar com os outros as (minhas) coisas boas, fico muito feliz por ser chamada para partilhar os bons momentos dos outros.
E um casamento, o dia, é sempre um dia lindo, mesmo que os vindouros sevenham a manifestar de tempestade, o dia do casamento é lindo, sentimo-nos a modos que os 'Donos do Mundo!'
E porquê esta história para hoje? Porque este anos, e apesar de fazer muito gosto em estar presente, este ano não tive ( não tenho?!) casamentos... e a carteira agradece...

Nota: Houve casamento e está para durar, de pedra e cal... ainda bem.

Um dia lembrou-se que não queria trabalhar mais naquele sítio. Concorreu para o ensino, foi colocada e despediu-se do emprego na multinacional. Continuou a frequentar a casa dos amigos que fez e um dia, no casamento de um outro, apareceu com o namorado. Até hoje não lhe conheço a voz, nem a cor dos olhos. Não falava e andava sempre a olhar para o chão, como se algo procurasse...
Nesse mesmo dia, num dia de Junho, trazia-nos convites de casamento, para o dela, aliás, o deles. Tinham-se conhecido na passagem de ano, marcado o casamento quinze dias depois e a data marcada era Setembro.
Passou Junho, Julho. Falamos em Agosto. Tudo pronto. A quinta marcada, a decoração da igreja decidida, ao vestido faltava a última prova... seria na semana anterior ao casamento.
Nos primeiros dias de Setembro toca o telefone. A voz não era a de quem estava a quinze dias de casar, a de quem andava entusiasmada com os últimos preparativos, nem a de quem estava ansiosa por ver o vestido de noiva pronto.
Pois não, porque o telefonema era para dizer que já não ia haver casamento. Que tinham falado e resolvido não casar. Tinham pensado, ponderado e tinham decidido que não era a melhor altura para casar. Que em vez de estarem felizes, estavam deprimidos, que o Paulo, o noivo, tinha tido uma recaída!
Recaída? Sim, o Paulo era propenso a depressões e já tinha tido 'algumas', disse ela. Não estava a aguentar a pressão do casamento e estava mal! Do lado de cá, ficou-se sem saber o que dizer. Ficamos por um: 'E tu estás bem? ‘. A resposta foi um 'Sim' de quem não quer deixar os amigos preocupados.
Desligamos, olhamos uns para os outros. Por coincidência, ou não, estávamos um grupo de amigos, que naquele dia resolveram ir até Ílhavo visitar o museu da Vista Alegre. A notícia pouco ou nada surpreendeu. Sentiu-se como que um respirar colectivo de alívio. Não admirou. Não admirou a reacção, não admirou que acabasse antes de começar. Um de nós, mais corajoso, disse: 'Ainda bem!'. Os outros acenaram com a cabeça, em concordância. 'Ainda bem que foi antes!', disse ainda um outro. Mais um acenar colectivo...
Em Novembro houve magusto em casa do Nossamigo. Foi convidada. Apareceu acompanhada. 'Este é o Gabriel', apresentou-o assim. Estavam de mão dada. Novo namorado. Tinha esquecido o Paulo. Ainda bem, mais uma vez. É que o Paulo era uma pessoa realmente pouco sociável e o casamento nunca iria resultar.
O mais parecido com aquele homem, que um dia num casamento, onde o conhecemos, fugiu para o cemitério e andou a fotografar campas, eram o Olharapos da Expo 98, lembram-se? O Gabriel não era assim. era simpático, extrovertido e alinhou nas maluqueiras d grupo. Gostamos dele, aprovamos, ficamos felizes por ela.
Passaram-se dois, três anos e há umas semanas novo telefonema. 'Vou casar', disse ela. Senti algum cepticismo, confesso. Adiei a máximo a compra da roupa, mesmo sabendo que foi uma decisão tomada com mais tempo, que o Gabriel não tinha nada a ver com o Paulo e que por isso a probabilidade de se repetir o 'não casamento' era pequena. Comprei a roupa na semana passada. Ontem a gravata para o L.. Sim porque para os homens basta a gravata para marcar a diferença! E o casamento é amanhã e desta vez vai haver casamento. Melhor dizendo, nada em contrário ainda foi dito!
Por isso amanhã há casamento.

Morreu Maria Dulce

Soube aqui, que esta Senhora dos palcos morreu. Morreu só, e em dificuldades. Mais comentários para quê?

Linda a homenagem que Lauro António aqui lhe presta... merecida.



RIP

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Hoje...

Foi um dia daqueles normais, tiarndo o facto de ter que levar com a euforia dos bracarenses depois da vitória do clube da cidade na Champions. E ao fim do dia a modos que a completar o dia foi a euforia dos Pais, chegados de França.


E se os do futebol parecem os miúdos, que dizer dos Pais? Que estão que nem os miúdos depois de chegarem do (primeiro) passeio da escola.


Resumindo, hoje à minha volta era só felicidade. Bem haja.


E eu? nem vou em futebóis, nem fui a Paris, mas pronto, deixem-me no meu canto a ver a felicidade e os felizes passarem... fico feliz... por eles.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Big Brother, o verdadeiro, o da vida real!

O Big Brother da vida real.
Depois de 17 dias 'presos' debaixo da terra sem conseguirem dar sinal de vida, estão agora 33 pessoas estão confinadas a uma sala de seis por nove metros, onde os bens essenciais demoram oito horas a chegar.
À sua frente têm quilometros de túneis bloqueados que vão demorar quatro meses a desbloquear.
Grande prova de sobrevivência...

A notícia:

Presos desde 5 de Agosto a 688 metros de profundidade na sequência do desabamento do túnel principal da mina de cobre de San José, 33 mineiros chilenos vão enfrentar um extraordinário desafio de sobrevivência. Quatro meses, 120 dias, é o tempo que as operações de salvamento podem demorar, aumentando a carga dramática numa história que o Chile segue desde o primeiro dia e que teve o ponto alto no domingo.
Às 14h30m, e quando muitos já tinham perdido a esperança de encontrar sobreviventes, 17 dias depois do desabamento e de uma sucessão de fracassos acumulados pelas equipas de resgate, eis que uma sonda traz à superfície um papel gasto, com uma mensagem escrita a marcador vermelho: "Estamos bem no refúgio, os 33", escreveu Mário Gómez, um experiente mineiro de 63 anos que se transformou no líder do grupo. Para gáudio dos chilenos: "Esta mensagem saiu das entranhas da montanha, das profundezas desta mina; é a mensagem dos nossos mineiros, que nos dizem estar vivos, unidos e à espera de ver a luz do Sol e abraçar os seus familiares", disse emocionado o presidente Sebastian Piñera, depois de ter feito a viagem de Santiago até Copiapó, bem perto da mina de San José: "Quando me deram a notícia saltei de alegria no avião. Foi extraordinário." Nas imediações da mina, o agora chamado "Campo da Esperança", acumulam-se familiares, jornalistas e equipas de salvamento. No domingo as lágrimas de desespero deram lugar às de alegria; ouviram-se "graças a Deus", rezas à virgem da Candelária (considerada milagreira) e vivas ao Chile.
A mensagem assinada pelo mais velho dos mineiros mostra que os homens estão bem, mas conscientes dos desafios que os esperam. "Mesmo se tivermos de esperar meses, quero dizer a toda a gente que estou bem e vamos todos sair daqui." Para Davitt McAtteer, um antigo responsável pela segurança de minas da administração Clinton citado pelo "The Guardian", o facto de todos terem sobrevivido 17 dias debaixo de terra já é um feito, apesar de os "riscos para a saúde numa mina de cobre ou ouro serem bastante menores" se os mineiros tiverem "água, ar e comida".
Resgate É numa sala com seis metros de largura e nove de comprimento - onde têm reservas de comida, água e oxigénio - com sete quilómetros de túneis bloqueados pela frente, que os 33 homens vão ter de esperar pela abertura de um canal com 68 centímetros de diâmetro que, um a um, os há-de levar até à superfície. Um trabalho a cargo de várias perfuradoras que avançam para o abrigo a uma velocidade de 15 metros por dia.
Em condições extremas, semelhantes às vividas por marinheiros em submarinos ou astronautas em missões no espaço, a grande questão é saber se os trabalhadores vão conseguir manter-se mentalmente saudáveis durante tanto tempo. Para encontrar as melhores técnicas de auxílio aos 33 mineiros, as autoridades chilenas pediram apoio a especialistas da NASA. A prioridade passa pela satisfação de necessidades básicas - uma sonda já seguiu com alimentos líquidos ricos em nutrientes e medicamentos - mas não só. As sondas, que demoram oito horas em cada percurso, vão também levar dispositivos que permitem a comunicação com o exterior, aliviando o tremendo stresse provocado pela prisão debaixo de terra.
Nas próximas horas vai avançar um inquérito de avaliação física e psicológica e todos os mineiros deverão responder a um questionário do Ministério da Saúde chileno com onze perguntas: "Quem está a organizar o grupo? Qual é o estado do ar? A que níveis estão as vossas reservas de água? Quando foi a última vez que comeram? Estão feridos ou doentes? De quê? Dói-te alguma coisa? Consegues urinar? Tens diarreia ou vómitos? Tomas alguma medicação? Acrescenta o que precisares."
Indústria Este acidente no Chile, o maior produtor mundial de cobre, volta a pôr a indústria mineira debaixo de fogo. Muitas explorações são demasiado antigas - a de San José tem mais um século - e os operadores na indústria continuam a negligenciar as condições de segurança dos trabalhadores, especialmente nos países em desenvolvimento muito dependentes de combustíveis fósseis. Na China, por exemplo, só no ano 2000 morreram 10 mil mineiros, vitimas da extensa lista de ameaças que se vive numa mina: explosões nas galerias subterrâneas, colisão de viaturas, colapso dos tectos ou concentrações de gases venenosos.
Fazer parte do corpo de segurança do presidente do Paquistão, pertencer às brigadas desactivação de engenhos explosivos improvisados no Afeganistão, pescar nos mares violentos do Atlântico Norte, são tudo ocupações que estoiram com as estatísticas da esperança média de vida. Tal como ser mineiro, como as anteriores, uma das profissões mais perigosas do mundo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Adoro esta foto...

Eu até nem estou muito bem, (o que é costume meu nas fotos), mas acho que esta foto transparece uma grande amizade, uma amizade muito cúmplice, que se veio (vem) a mostrar imune a muitas coisa, tal como dever ser uma amizade.

De outros Verões... (II)

Esta foto foi tirada em Vila Real, onde paramos para tomar café.
O dia estava muito quente e fazer a IP4 sem ar condicionado, coisa inpensável hoje em dia, não era fácil.
Depois de tomar café, resolvemos dar uma volta pelo jardim e tirar algumas fotos. Estávamos a preparar a foto, a primeira, quando aparece o empregado do café com a carteira do Jonas na mão.
O despardalado tinha-se esquecido dela em cima da mesa!
Foi uma grande sorte. Tivessemos seguido logo caminho e ia ser uma grande chatice!
Mas o Jonas é assim mesmo! Confusões, acidentes, incidentes, mas no fim acaba tudo bem.
E esta foi a primeira das muitas aventuras destas férias.
Nós éramos assim mesmo! Até com os azares nos divertíamos!


domingo, 22 de agosto de 2010

Coisas do passado...

De outros Verões...

Hoje passei parte da tarde a rever e a digitalizar fotos de outros Verões.

Três anos seguidos passei as férias com o Alberto. Curiosamente éramos sempre quatro, mas só nós dois fixos. No primeiro ano, para além de nós eram o Jonas e a Xana. No segundo o Jonas foi 'substituído' pelo Menino, apesar de nos ter feito uma visita de dois ou três dias a Vila Nova de Milfontes. No terceiro, e último, o Jonas voltou a estar a 100% e o Luís substituiu a Xana.

As férias do último ano foram fantásticas, passadas numa aldeia acima de Bragança, de nome Vidagos, numa casa sem água nem energia e que não era habitada há mais de vinte anos. Isto se os morcegos e pássaros que lá encontramos não contarem.
Há fotos dessas férias, algumas no FB, mas não há diário e por isso muitos episódios se perderam e nenhum de nós se lembrará deles! Tenho muita pena, pois foram uns dias muito intensos e de muita aventura.

Alberto, que tal fazermos um exercício de memória e cada um ir contando do que se lembra dessas férias?

sábado, 21 de agosto de 2010

Amanhã

O homem da minha vida faz 72 anos. É o meu Pai, o meu herói, da infância, da adolescência, de ontem de hoje e de sempre.
Amo-o muito e hei-de amá-lo sempre pelo que ele é, pelo que ele foi, por tudo e pelos defeitos também, fazem parte, mostram a parte humana.
Não vou estar (fisicamente) com ele. Anda em passeio com a Mummy por França. Não faz mal. Que estejam bem é suficiente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Já passou...

E como estava tudo muito calmo, hoje o L. acordou com o olho vermelho. Como não era um vermelho dos habituais, resolveu telefonar ao médico, que fez questão de o ver de imediato.
E lá fomos nós a toque de caixa para o Porto.
Ainda assim bendita clínica, que está ali para nos receber em qualquer altura.
E como ali não se facilita, foi medir tensão ocular (está boa, óptima até), medir visão (melhorou, já consegue ler na escala dos 50%) e só depois ser avaliado pelo médico.
Homem experiente e que sabe o que faz, diagnosticou uma inflamação, coisa menor, provocada pelo calor, contracções musculares. 'Nada de mais.'-disse- 'Pode acontecer a qualquer um e nada tem a ver com a cirurgia. Vais ficar bom depressa. Não te preocupes, rapaz.'
E pronto, logo lá na clínica fez um tratamento e viemos embora descansados.
A propósito: quem se lembra de em pleno Agosto se enfiar no IKEA e no Mar Shopping?
Dois maluquinhos como nós, que passaram o tempo a reclamar, a levar (e a dar) encontrões, a ter como música de fundo choro de crianças que mais pareciam os carros do INEM e... no meio disto tudo almoçamos bem, no Mar Shopping e fomos muito bem tratados.
E agora temos o fds a esbarrar. Com sol e menos calor, como se quer.
A propósito, no Porto estava um daqueles dias que eu gosto mesmo para praia: aquele nevoeiro que promove passeios junto à água. Uma delicia, parte (a única) da praia.
E tudo está bem, quando acaba bem...

Tempo, Férias, Agosto, Verão

O tempo não passa, VOA!
Será impressão minha, ou até o mês Agosto, o mês da pastelice este ano está a voar!

E até os miúdos sentem isso. Há dias a Lau dizia, depois de um grande suspiro:' Já me falta menos de um mês para voltar à escola! O tempo passa a correr!'

Quando é que eu aos doze anos, achava que os intermináveis três meses de férias passavam a correr?
É claro que naquela época as alternativas não eram as de hoje. Pouco mais havia que andar na rua de sol a sol, ir para a praia, com um batalhão de amigos e os pais de um a tomar conta das tropas. Umas duas ou três idas ao cinema nestes três meses e... quando chovia era uma chatice. Não havia televisão logo de manhã, os livros de lá de casa já estavam todos lidos e... era um tédio!

Ah, havia ainda uma semanita em casa dos avós. E essa até passava rápido. Os primos juntavam-se lá e, pronto, era só mesmo uma semana... é que quem ficava a precisar de férias eram os avós!
'Não percebo porque só podemos ficar uma semana,-dizia eu aos meus pais, nós nem damos trabalho- 'só vamos a casa comer e dormir!

Já está... agora é esperar pelo dia 11 de Outubro.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Katie Melua, eu vou.

Katie Melua, a cantora georgiana, estará em Portugal nos dias 10 e 11 de Outubro.
No dia 10 dará um concerto no Campo Pequeno e no dia 11 no Coliseu do Porto.
Vou fazer por ir ao Porto. Já vi no site da FNAC que os bilhetes estão à venda. Agora é escolher o lugar.

De um Sábado em grande...

... e em família, aquela que escolhemos ao longo da vida, a melhor.
Um passeio...
Entre duas churrascadas...

... e mergulhos na piscina ( sem fotos)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Haja paciência!

Anda uma pessoa a contratar empresa de limpeza para não ter empregadas faltosas ora porque o filho está doente, ora porque houve greve dos transportes, ora porque aquilo ou sabe-se lá o que mais...e no fim espera 45 minutos pela equipa de limpeza.
Depois de contactar a sede ouve do outro lado um:'Ah desculpe, só quando vi a sua chamada é que me lembrei que devia ter mandado para aí uma equipa hoje.'

Haja paciência!
Como dizem os meus amigos alentejanos 'Tanto vale a burra como a Maria Antónia!'

As Barreto (II)

Um dia, num Domingo, no fim da missa da catequese encontrei a Zeza na pastelaria.
Estava toda vestida de preto e muito triste.
Perguntei-lhe porque estava assim. De preto e triste.
Enquanto tirava o papel a um gelado, respondeu-me: 'Foi a minha irmão Nanda que faleceu!'
Por muitos anos que viva, nunca hei-de esquecer nem este momento nem o que senti, ou não senti, naquele momento. A Nanda tinha morrido! A Nanda só tinha dez anos. As crianças não morrem!-pensava eu!
Senti-me presa ao chão, como se dali não conseguisse sair mais. Comecei a ver a Nanda, a vê-la trepar às árvores, a aparecer e desaparecer. Consegui perguntar: Como?
'Caiu da bicicleta, bateu com a cabeça na beira do passeio e teve uma fractura craniana...'-Respondeu-me, enquanto ia apontando para a parte da cabeça onde ela tinha batido, a frente.
Pois a Zé andava muitas vezes numa daquelas bicicletas, vulgo pasteleiras. Era enorme, a bicicleta, muito maior que ela. Seria de um dos irmãos, ou do pai, talvez. Andava bem, tão bem como os rapazes. Ela fazia tudo que os rapazes faziam, e fazia-o tão bem, ou melhor que eles.
E foi traída por essa sua faceta.
Não sei se a Zeza me disse mais alguma coisa. Não sei o que se passou de seguida. Não se também se estava acompanhada ou não. Assim como o momento da notícia me ficou gravado na memória até ao mais infimo pormenor (era capaz de descrever como era a roupa da Zeza naquele dia... e até sei que o gelado era um Super Maxi), não sei como foi o resto, só que os dias que se seguiram andei sempre com a Nanda no pensamento. Via-a a andar de bicicleta, a tombar, cair e bater com a cabeça na berma do passeio. Via-a também a limpar a testa (não sei se abriu ou não) e a continuar caminho...
Foi assim que descobri que as crianças também morriam!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mais valia estares calado!

'Este ano o número de fogos já ultrapassou 2009.'
'Pois, mas é inferior ao de 2003 e 2005.'- contra argumentou Rui Pereira, ministro da Administração Interna.


É cá um consolo!
Caso para dizer: 'Mais valia estares calado!'



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Notícia:'Milagre' em desastre aéreo na Colômbia


Um Boeing 737 com 131 passageiros a bordo foi atingido por um raio sobre o Mar das Caraíbas e partiu-se em três após uma aterragem de emergência na ilha de San Andrés. Apenas uma pessoa morreu. Os sobreviventes falam em milagre.

O avião da companhia doméstica Aires ligava Bogotá à ilha de San Andrés, território colombiano ao largo da Nicarágua. Cerca das 1h49 locais, na madrugada desta segunda-feira, o Boeing 737 foi atingido por um raio, forçando a tripulação a realizar uma aterragem de emergência em condições meteorológicas adversas.

Segundo testemunhas, a aeronave só não embateu no edifício do aeroporto de San Andrés devido à perícia do piloto. No entanto, e após tocar o solo, o avião partiu-se em três.

Pelo menos 114 pessoas, a quase totalidade dos 131 passageiros, ficaram feridas, a maioria sem gravidade. Uma pessoa não resistiu aos ferimentos.

«É um milagre», declarou o governador da ilha, Pedro Gallardo, referindo-se ao elevado número de sobreviventes. Vários passageiros saudaram a atitude da tripulação junto da imprensa colombiana.

Fonte: Jornal SOL

domingo, 15 de agosto de 2010

Histórias Minhas (VI)

RR

Aproveitando para na passagem de mais um aniversário do seu nascimento ( 14 de Agosto), recordo esta grande artista, Rosa Ramalho.
Os passeios da escola eram sempre uma aventura. Definitivamente as emoções são irrepetíveis. Ficam presas nos momentos.







sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Hoje gostei...

Hoje, ontem, quando saí, o sol já era poente. Mais parecia uma bola de fogo a rolar monte abaixo.
Gostei. Parei, fotografei e saiu esta desgraça de foto que ficou muito a dever à foto real, muito mais bela.



O sol estava de um vermelho fogo muito intenso e o céu não estava tão vermelho.

A máquina não ajudou muito, mas é o que se tem e pode!

Histórias Minhas (V)

Sexta-feira, 13




E qual é o problema?

Véspera de fds para uns e de férias para muitos, os sortudos que já andam desde o meio da semana a pensar nos biquínis, em que factor de protector solar usar, nos restaurantes das redondezas... enfim, em tudo menos em trabalho!


E por mim é só uma Sexta-feira, igual a outras 48 do ano, e penso no fds com o Sábado passado no Porto (finalmente vou conhecer o Nuno) e o Domingo a pastar em casa.


E vai estar sol, calor, os incêndios vão continuar e... TGiF, por todas as razões e mais uma.

Mas de Sexta-feiras 13, até que tenho boas lembranças...


TGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiFTGiF


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Histórias Minhas (IV)


Cinema Girassol, o nosso Cinema Paraíso


Sem tempo para férias, a nostalgia vem à tona. E com ela momentos bons de férias fantásticas.

Destas de Vila Nova de Milfontes, há muitas e boas. Das muitas que também são de aventura e loucura ficará registada a(s) ida(s) ao cinema Girassol.

Hoje gostei...

De conhecer a Sarinha. Os papás dela fizeram-me uma visita para eu a conhecer.
Família feliz.

Natas para todos...

Quarta-feira é dia de à hora do almoço ir a casa abrir a porta às funcionárias da empresa que faz limpeza na minha casa.
Aproveito para desenjoar da comida da cantina e comer qualquer coisa num local de passagem.
Desde que descobri que a confeitaria onde compro o pão tem uns rissóis de camarão óptimos, tenho lá ido almoçar. Como é a mesma confeitaria que vende aquelas magnificas natas pelas quais todos se babam, hoje decidi comprar natas para os meus colegas.
Comprei 12 para os colegas da sala do L. É um grupo de trabalho muito grande, de cera de 70 pessoas e por isso só num período como este, de férias, é que se pode fazer isso, senão era falência na certa!
E lá comprei as natas e quando cheguei à fábrica liguei da portaria para o L. as ir buscar. Escusado será dizer que foi uma festa! E como em todas estas coisas sobra sempre uma, pela qual todos estão desejosos de lhe por os dentes, mas que não se acusam.
Solução: como não podiam apagar a luz, resolveram chamar um colega que estava fora da sala. Chamaram-no e quando ele entrou na sala começaram a cantar os parabéns. Doidos, mesmo!
O rapaz, atrapalhado disse que não fazia anos. Quando viu a nata lá perdida no meio da caixa, ainda ficou mais baralhado e, a medo, comeu-a. Isto depois de os outros dizerem que já tinham o papo cheio e que ainda não lhes tinha feito mal!

E foi tão grande o acontecimento que até teve direito a fotos!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As 'Iludências Aparudem'

E mais um ano a trabalhar em Agosto. Por opção, claro, mas uma vez mais anda tudo a 200 à hora!
E quem entra parece tudo muito calmo, que fomos passar o dia à fábrica!
Caso para dizer: As 'Iludências Aparudem'

Agosto é assim mesmo. Mês estúpido!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Há dias assim!

Baralhada, barafusa, desiludida, decepcionada.
Mas não surpreendida... já não tenho idade para me surpreender com as pessoas e os acontecimentos, mas sim para confirmar.

Hoje foi um dia desses.
Confirmei suspeitas que só serão confirmadas daqui a algum tempo pela
maioria das pessoas.
Aí vão-me dar razão... agora diriam que a perdi!
Ter razão antes do tempo é não a ter!
Agora é dar tempo ao tempo e vê-los a levar com rasteiras e a bater com a cabeça na parede.

Temos pena.

As Barreto

Não sei se é assim com todas as pessoas, mas eu às vezes lembro-me de pessoas que fizeram parte da minha vida, da quais não me lembrava há muito tempo.
No final da semana passada aconteceu com umas amiguinhas de infância.
E o engraçado é que inicialmente me lembrei delas porque falei com alguém que tem o nome de família delas, Barreto e depois por causa dos incêndios que neste momento assolam o nosso país. É que a família dela, numerosa, eram quase todos, ou bombeiros ou membros da fanfarra.
Mas essas minhas amiguinhas, duas irmãs de uma família típica do início da década de 70. Viviam no 'Bairro da Caixa', o número de irmãos atingia a dezena, o pai trabalhava na 'fábrica das bicicletas' e a mãe 'estava em casa', onde tomava conta dos filhos mais novos e dos netos, filhos dos irmãos mais velhos.
Zeza e Nanda eram os nomes delas. A Zeza, tinha a minha idade e a Nanda era mais velha um dois anos. Era uma miúda rebelde que gostava de trepar às árvores, de ir para o rio nadar, de jogar futebol e brincar com sameiras. Fugia da escola e muitas vezes de casa. Tirando isso era uma boa amiga, que nunca nos deixava sós, a mim e à irmã e muita, chegando a lutar com rapazes para defender a irmã.
Aos olhos da sociedade da época, eu era suposto estar num patamar social acima do delas. O meu pai já tinha uma certa posição na empresa, morávamos num 'andar' no centro da vila e eu era filha única. Por isso aos olhos da sociedade da época não era suposto eu ser amiga dos meninos do 'Bairro da Caixa', onde moravam os trabalhadores das industrias das redondezas com as suas famílias numerosas. A par dessas famílias viviam também aqueles, que sem famílias numerosas estavam marginalizados pela sociedade da época pois 'tinham estado presos'. Eram uma coisa que não se podia dizer na época: comunistas!
Bem, mas eu era amiga dos Barreto, dos Calado, dos Barbosa, assim como era amiga dos Quelhas, a família mais in da zona. Tudo meninos daquele bairro que eu conheci inicialmente na mestra e depois mantive a amizade na primária. Pois, e a propósito da 'mestra', eu também não era suposto ir para a mestra, mas sim ficar em casa com a minha mãe... ou ir para a Lumen ou para o Luso Francês, os colégios 'in' das redondezas.
Pois e eu lembrei-me delas hoje, eu queria contar um pouco mais da história delas. Divaguei, o que é normal em mim, e não disse o que tinha para dizer sobre elas.
E como ficará para um outro post a história delas, remato este dizendo que a educação que tive não foi a que 'deveria' ter tido aos olhos dos padrões da época, mas a educação que os meus pais me quiseram dar, porque acharam mais apropriada. Lidar com as realidades, relacionar-me com todas as pessoas e aprender por mim que há pessoas diferentes, que umas não tinham tanto como eu e outra tinham mais, mas, e estamos a falar de bens materiais; isso não era o mais importante!
Acertaram, apesar de em algumas fases da minha vida ter sido 'penalizada', no entender dos outros, por isso.
Eles é que perderam e não eu.
Não perdi nada por brincar com os meninos do bairro, por lhe emprestar os meus livros e os meus brinquedos e muito menos por os levar para minha casa.
Tinham piolhos, diziam os outros. E daí? Os outros não tinham? Tretas!
Da Zeza e da Nanda, assim como da Emíla ou da Eva (lembrei-me delas agora) falarei bevemente...

domingo, 8 de agosto de 2010

Histórias Minhas (III)

Hoje, assim de repente...

E que tanto se fala nas bolas de berlim comidas na praia, lembrei-me de quando era 'viciada' nas bolas de berlim da Confeitaria Pekim... se é que uma amostra de gente, pode ser (já) viciada no que quer que seja.
Bem, da forma como as coisas estão, agora com a idade que eu tinha na época, talvez. Eu, tinha lá tempo para isso!

SEM COMENTÁRIOS!

Vou limitar-me a publicar este video. É de um anónimo, é em Braga (conheço bem a zona) e sem comentários!

sábado, 7 de agosto de 2010

Pensageiro Frequente

Andava para o comprar há algum tempo.
Foi hoje.
E comprei-o com 20% de desconto.
E comprei mais uns livrinhos.
Agora vou para a cama ler este e depois volto para dizer quais foram os outros.
Será que finalmente vou ler Saramago?


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Estou que nem posso!

Tão cansada, mas tão cansada que agora vinha mesmo a calhar uma banhoca e xixi-cama.
Acordava nova amanhã.
Mas não!
Ainda tenho que ir para casa, fazer, comprar ou ir, jantar, tomar banho, jantar, alimentar os focinhos, regar as plantas, por roupa a lavar, estender roupa... ufa...
Estou que nem posso!
E pior, a próxima semana vai ser igualzinha a esta. Esperemos... é que se não for igual, vai ser pior, concerteza... às pontas soltas que ficaram destas...

TGiF


E o fim do dia está (ainda) tão looooongeeeeeeeeeeeeeeeee.
Tanto para fazer, tanto para resolver, tanto para...
E eu a vê-los irem de férias.
E se o fds está looooongeeeeeeeee, férias são miragem!





Bem, bora lá trabalhar mais um bocad(ã)o... por mim e pelos que estão de papo para o ar!

Gosto...

... quando no regresso de uma daquelas reuniões morosas e chatas, encontro um CHOCOLATE em cima da mesa.
Sabe-me pela vida!

Notícia: Clínica não tinha licença de funcionamento», diz delegado de saúde

Não consigo ficar indiferente a estas notícias.
Um dos sentidos mais preciosos que temos, acontecer isto!
A notícia...

A clínica I-QMed onde quatro pessoas foram operadas aos olhos «não tinha licença de funcionamento», admitiu à TSF o delegado regional de saúde, Francisco Mendonça.
Quatro pessoas correm o risco de cegar depois de terem sido operadas num clínica privada holandesa, I-QMed, em Lagoa, no Algarve.
Um dos doentes, uma mulher de 35 anos com miopia tinha feito uma cirurgia para implantar lentes de contacto intra-oculares, mas dois dias depois da intervenção, a 22 de Julho, foi admitida na especialidade de oftalmologia no Hospital São José com uma infecção grave nos dois olhos, uma endoftalmite, que pode provocar a cegueira.
Os outros três doentes, com idades entre os 65 e 88 anos, sofriam de cataratas.
Em declarações à TSF, o delegado regional de Saúde do Algarve, Francisco Mendonça explicou como teve conhecimento desta situação, acrescentando que a clínica I-QMed não tinha licença para funcionar.
«A ARS do Algarve só teve a informação de que quatro doentes teriam sido intervencionados nesta clínica e que estariam internados num hospital em Lisboa. Perantes esta notícia, como medida cautelar suspendeu-se a actividade da clínica»
«Nós tivémos esta informação no dia 27 de Julho mas nesse dia a clínica já estava fechada para obras. A clínica ainda recebeu a notificação da ARS no dia 28 de Julho e só poderá reabrir depois de apurados os factos pela inspecção-geral de Saúde e depois de estar devidamente licenciada», esclareceu Francisco Mendonça.
O director-geral de Saúde, Francisco George disse à TSF que o médico holandês, responsável pela clínica de Lagoa, está em contacto com o responsável do Hospital de Capuchos, onde os quatro doentes estão internados.
«Ele [o médico holandês] está ocorrente do problema e julgo que poderá estar a caminho de Portugal. Os doentes estão a ser devidamente tratados no Hospital dos Capuchos, no serviço de oftalmologia e, neste momento, o trabalho inspectivo está em desenvolvimento», referiu Francisco George.
Os quatro doentes estão internados no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, com «prognóstico muito reservado», avançou à TSF a unidade hospitalar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não Gosto...

..do mês de Agosto. Definitivamente é um mês muito singular.

Enquanto meio país pára para descanso, outro meio trabalha a dobrar. Ou porque têm que fazer o trabalho dos que estão de férias e o deles, ou porque têm que servir os que estão de férias.
Não gosto deste mês. Recuso-me a tirar férias. Prefiro cem vezes mais trabalhar, a dobrar, a triplicar que seja.

E venha o Setembro, rápido! Amanhã!

Histórias Minhas (II)

Mais de uma década depois, perfumes continuam a ser uma paixão. E para mim perfume é Oscar de La Renta. Ontem comprei um... Burberry.
Oscar de La Renta, houve um, este.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Histórias Minhas (I)

Uma Tigela com História

Tirei o mês de Agosto para recordar posts, histórias, principalmente, publicados neste blogue durante estes dois anos da sua existência.
Decidi agora, ao ver esta foto. É a taça
desta história, uma das primeiras escrita para a Fábrica de Histórias e mais tarde publicada aqui.
A tigela, essa encontrei-a durante as arrumações do passado fim-de-semana.

E aqui fica
Uma Tigela com História... desta com a protagonista.




Foto minha de 2010/08/01

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mário Bettencourt Resendes




Vítima de cancro, Mário Bettencourt Resendes, faleceu hoje.
Mais uma grande perda, desta no jornalismo, no verdadeiro, sério.

Fui apanhada de surpresa. Apesar de nos ultimos tempos o achar abatido, nunca pensei que fosse consequência de tal fatalidade a avizinhar-se.


As Tias ao 'Sabor da Fruta'

As tias foram jantar ao Sabor da Fruta.
A fruta, essa só a da sangria, que por acaso a primeira vez que veio para a mesa não tinha nem fruta nem gelo.... falha de processo corrigida a tempo.
E foi um jantar com tudo a que tivemos direito. Do jantar, onde houve sapateira, alheira, pataniscas, sangria, cerveja, quem brilhou foram mesmo os rissóis de chocolate!


E pronto, como jantar de mulheres que se preze, foi uma noite de conversa que acabou, já era dia seguinte, numa esplanada.

Do que se falou?
Sei lá! Falamos, rimos, brincamos.

É sempre assim e assim é que queremos.

domingo, 1 de agosto de 2010

Crónica de Férias 1991 (Fim)

23/08/1991

Ontem fomos a Évora.
Já estamos no Domingo e na Estação de Ponte de Sôr.
Na sexta fomos ao café e ver o lagar da Cooperativa.
De tarde fomos a Estremoz e Vila Viçosa. A Paula também foi.
Em Estremoz visitámos o museu e tirámos fotografias no Castelo.
Em Vila Viçosa vimos o Palácio dos Duques de Bragança. Gostámos muito.
Ontem, Sábado, o Jonas, o Alberto e mãe deste (D. Laura) foram a Avís comprar um vídeo.
À noite jantámos em casa da Paula (muito bom) e fomos ver o pôr do sol ao Club Náutico, só que quando chegámos já o sol se tinha posto. Viemos para o alto perto do campo da bola.
Fomos à esplanada do Retiro da Ponte e do restaurante Martins.
Agora estamos os quatro sentados na estação à espera do comboio para eu e o Jonas irmos para o Norte.
"ACABOU"! Estamos todos com cara de enterro a rezar para que o que que vem chegue depressa, para:


OLÉ SEVILHA.





E comentando as coisas vistas dos nossos dias:

Foram dois dias muito bons, estes passados pelo Alentejo.
Foi a primeira vez que estive tanto em Évora como em Estremoz e vim embora com a certeza de querer lá voltar, o que já aconteceu.
Estava muito calor, mas não foi impeditivo para que nos divertíssemos e fartássemos de caminhar pelas duas cidades.
Em Évora tivemos a sorte de ter a Paula como guia. Ela tinha lá passado os últimos anos lá na universidade e então levou-nos ao sítios mais interessantes da cidade.
Conhecemos a mãe da Paula também, uma senhora muito simpática que logo nos convidou para jantar na véspera do nosso regresso. E lembro-me que foi um jantar muito bom. Fomos muito bem recebidos, como amigos de longa data. No Alentejo é assim mesmo: amigo do meu amigo, meu amigo é.
O dia seguinte foi triste. Foi o dia em que nos separamos. O Jonas e a Xana entretanto tinha começado o namorico e estavam com os corações em pedaços.
Na estação ainda fizemos planos para Sevilha, planos que não se concretizaram... não passamos de Vila Nova de Milfontes...

Lembro-me que foi a ultima vez que atravessei a velhinha ponte D. Maria. Eram sempre de grande emoção aqueles minutos da travessia, que duravam uma eternidade.
E o Jonas seguiu para Viana e eu para casa com o meu pai que me foi buscar À estação.

E assim acabaram umas férias fantásticas.
Eu adorei. E você Alberto?