sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Visconde de Almeida Garrett

Não podia deixar de assinalar o aniversário do nascimento de João Baptista da Silva Leitão de Almeida, que viria a ser Visconde de Almeida Garrett.
Claro que sem o Google não me lembraria, mas agora que sei, tenho que falar nele. E lembrei-me da Joaninha, a das 'Viagens', aquele livro que tive que ler no secundário e que era uma seca, mesmo antes de o ler. Afinal não foi. Ainda bem que me obrigaram a lê-lo, pois na idade em que o fiz, só mesmo obrigada... é que a adolescência é aquela fase em que somos 'Maria vai com todos' e se alguém disse que era 'seca', nem nos dávamos ao trabalho de ver para crer!
Mas eu gostei.

E o Senhor Visconde de Almeida Garrett, nasceu no Porto, na minha maravilhosa cidade no dia 04 de Fevereiro de 1799. Viveu o suficiente para ser Visconde, escritor, viver nos Açores, poeta, dramaturgo... e temos o Teatro D. Maria II, a ele o devemos, pois foi ele quem propôs a sua edificação. Pois, e também foi Secretário de Estado... Honorário.

Faleceu a 9 de Dezembro de 1854...


A um Amigo
Fiel ao costume antigo,
Trago ao meu jovem amigo
Versos próprios deste dia.
E que de os ver tão singelos,
Tão simples como eu, não ria:
Qualquer os fará mais belos,
Ninguém tão d’alma os faria.

Que sobre a flor de seus anos
Soprem tarde os desenganos;
Que em torno os bafeje amor,
Amor da esposa querida,
Prolongando a doce vida
Fruto que suceda à flor.

Recebe este voto, amigo,
Que eu, fiel ao uso antigo,
Quis trazer-te neste dia
Em poucos versos singelos.
Qualquer os fará mais belos,
Ninguém tão d’alma os faria.

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