sexta-feira, 27 de agosto de 2010

De outros Verões... (III)

A casa para onde fomos não tinha água nem energia.
À noite jogávamos cartas à luz das velas e íamos tomar banho ao riacho que havia a meia dúzia de metros da casa.
Quem nos quisesse ver era por volta das seis da tarde, munidos de champô, gel e toalhas de banho passar para o riacho.
Primeiro brincávamos na água, secávamos na relva e no fim voltávamos para a água, agora com o champô e gel e tomavamos banho.
De manhã éramos acordado por um burro que ia ao tanque que havia em frente da casa, beber água. Desse tanque, que tinha uma torneira, tirávamos água para lavar a cara, os dentes e fazer pequeno-almoço.
Apesar deste handycaps, que nos agradavam imenso e tornaram até as férias mais interessantes, andávamos sempre limpinhos e cheirosos, mesmo com os termómetros a bater nos 40ºC!

E esta foto não é propriamente para mostrar a minha pessoa, mas sim para ilustrar o quanto a aldeia era rural. Todas as casas eram como a que se vê na foto, casas típicas da zona, com escadas em pedra de acesso à casa e na parte de baixo 'loja' e o 'aido' ( leia-se arrecadação e lugar dos animais).
Os nossos carros eram (quase) os únicos na aldeia e em pouco tempo, depois da apreensão que provocamos, já convivíamos com a gente da terra.
Bom, muito bom!

2 comentários:

Alberto Velez Grilo disse...

Uma maravilha...

Reflexos disse...

É mesmo. Das melhores heranças do passado...