'Não lhe encontro nada na vesícula. Nem pólipos, nem pedra.'
Foi esta a primeira apreciação da médica que me fez a eco à vesícula. Agora é aguardar pelo relatório final...
Entretanto esteve para não ser feita a eco. Dos registos do centro não constava nenhuma marcação, nem para hoje, nem para dia nenhum...
'Quando marcou?'-perguntou a funcionária.
'Na quarta.'-respondi.
'Então não foi para aqui. Nós estamos a fazer marcações só para o final do mês...'-argumentou a funcionária.
'E agora? Disseram-me que era aqui. Que até era junto ao túnel e à escola. E que não podia comer nas cinco horas anteriores.-Justifiquei eu.
'Pois, mas nós recomendamos seis horas...'- e continuando:'Mas não se preocupe que não vai embora sem a eco'.
Simpaticamente, pegou no telefone e: 'Olá Catarina, podes por favor meter uma eco? É que tenho aqui uma senhora que não tem marcação e precisa da eco.'
Desligou e: 'São três euros e cinquenta. Aguarde um bocadinho na sala que a chamem.'
Agradeci, ainda com o queixo caído com tanta simpatia e sentei-me na sala de espera. Ainda não tinha aquecido a cadeira quando me chamam e me mandam subir no elevador para o primeiro andar e aguardar aí.
Estava uma barafunda enorme naquela sala. Pessoas aguardavam por exames desde as três da tarde e já passava das cinco. Comecei a convencer-me que a ficar ali até às sete ou oito horas. Achei que ia ficar até ao fim das marcações e só depois era atendida. Nada disso. Tinha acabado de pegar numa revista, [da semana passada, coisa rara nestes locais], quadro sou novamente chamada.
Levantou-se novo alvoroço na sala. 'Então as pessoas que estão a chegar estão a ser atendidas, e nós?' [Certo é que, pessoas que subiram comigo no elevador, foram atendidas ao mesmo tempo que eu e as outras que lá estavam, lá ficaram. Exames diferentes? Não sei.
Tirei a roupa que a funcionária achou por bem que tirasse e lá me deitei na marquesa. 'Respire, inspire...'-dizia a médica enquanto me passava o scanner pela barriga. 'Agora ponha a barriga para fora.'-continuava. Pois esta parte é que era difícil. Não consigo por a barriga para fora. 'Já está.'-dizia eu. 'Mais.'-pedia ela.
'Não lhe vejo nada. Ponha-se de pé e segure-se bem, que eu vou fazer força contra si...'
E se disse, logo o fez. Começou a fazer força com o scanner contra a barriga , enquanto dizia:' Não encontro pedra nem pólipos. Aparentemente a vesícula está limpa. Foi uma crise. As melhoras.'
E foi o que quis ouvir. Agora falta o relatório final daqui a dez dias... feito pela mesma médica, logo o veredicto deve ser o mesmo.
Desta estou safa.
2 comentários:
Bem, ainda bem que não é nada.
Eu vou hoje ao pneumologista...
Amigo, estamos a ficar velhos, cheios de maleitas lol
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