O LHC vai voltar a tentar recriar o Big Bang já na próxina Terça-feira.
A ver vamos se será desta.
Notícia do Público de hoje:
É na próxima terça-feira que o poderoso acelerador de partículas do CERN vai começar a fazer justiça à sua fama, recriando, ao nível subatómico, as condições do Universo nos momentos a seguir ao Big Bang.
A grande máquina subterrânea instalada na fronteira franco-suíça vai começar a produzir no Grande Colisor de Hadrões (LHC na sigla em inglês) choques frontais de partículas subatómicas aceleradas até uma velocidade muito próxima da da luz, concentradas em dois feixes que circulam em direcções opostas. A velocidade combinada destes feixes é de 7 biliões (milhões de milhões) de electrões-volt (TeV).
“Com os dois feixes a 3,5 TeV, estamos à beira de lançar o programa de física do LHC”, disse Steve Myers, director do Laboratório Europeu de Física de Partículas (conhecido simplesmente como CERN) para os Aceleradores e Tecnologia, citado num comunicado de imprensa.
Só agora, apetece perguntar. “Ainda há muito que fazer antes de poder haver colisões. Só alinhar os feixes de partículas é um desafio. É parecido com atirar agulhas dos dois lados do Atlântico e conseguir que elas colidam a meio caminho”, exemplificou Myers.
“O LHC não é uma máquina que se possa ligar simplesmente girando uma chave”, disse o director geral do CERN, Rolf Heuer, talvez lamentando um pouco que não o seja. “Está a trabalhar bem, mas ainda estamos numa fase de testes, e temos de reconhecer que a primeira tentativa de fazer colisões é precisamente isso, uma tentativa. Pode levar horas, ou até dias, até obtermos as primeiras colisões.”
Seja como for, os primeiros resultados – o que os cientistas querem mesmo é estudar o que resulta dessas colisões de partículas subatómicas aceleradas de forma a torná-las altamente energéticas, os destroços produzidos – esperam-se no dia 30 de Março.
Pistas sobre o bosão de Higgs – a partícula misteriosa que pode explicar porque as outras têm massa, entre outros mistérios da física, são os prémios que os físicos esperam colher no LHC.
No fim de 2011, o acelerador de partículas vai fechar durante um ano, para manutenção e para sofrer as alterações necessárias para alcançar a energia de 14 biliões de electrão-volt, o objectivo final com que foi construído.
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