sábado, 27 de março de 2010

Sábado, última hora I (Rádio não está em perigo e é um dos media mais completos)


Notícia RTP de 25/03/2010 :

Rádio não está em perigo, que está longe de estar em perigo e que pode ganhar maior visibilidade com a internet, defenderam vários especialistas num congresso internacional de Rádio que decorre hoje em Lisboa.

Elísio de Oliveira, que participou na sessão de abertura do congresso em representação do presidente da Entidade Reguladora da Comunicação foi um dos advogou a tese de que a rádio é insubstituível.
O congresso, organizado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas é subordinado ao tema "Pós Rádio: R@dio como media social?" abordou em varias mesas redondas a rádio, a musica e a internet.

E agora, digo eu: 'Ainda bem!'. TV, vinilo, i Pod, cinema, net... a rádio continua a ser a melhor companhia em qualquer lugar e em qualquer altura.
Quando estamos 'presos' no trânsito, o que nos consegue por a cantarolar ou nos arranca uma gargalhada... um sorriso, pelo menos?
As músicas do momento, as do antigamente, do nosso e dos outros, ou até mesmo as baboseiras (existe a palavra?!) dos radialista ( e esta existe?!).
E as longas tardes de estudo, com um rádio como companhia? Quem as não teve? .. ou não tem.
A rádio é o nosso iPod, o nosso MP3, o nosso boletim meteorológico, o nosso noticiário, o nosso despertador... e quando vamos de carro até nos ajuda a evitar os caminhos mais movimentados.
É notório que a rádio ao longo dos tempos sofreu mudanças, mutações (?). E estou neste momento a olhar para um rádio, muito semelhante ao da imagem que ilustra o post, que foi dos meus avós. Esse rádio capta ondas curta. Pois agora todos já só falamos em FM, mas antigamente captava-se sinal de rádio em onda curta para ouvir as notícias do estrangeiro, notícias da guelra, que no nosso país em onda média não era possível saber devido às limitações do regime de então.
A minha avó contava que comprou este rádio para lhe fazer companhia. O meu avô viva em Viseu e, note-se estou a falar da década de 40 do século passado; e, dizia ela, ajudou-a a passar muitas tarde de Domingo e muitas noites mal dormidas.
Na geração dos meus pais, a clandestinidade continuou a ter como cumplice a rádio. Desta vez para captar sinais de um bocado mais para leste, a rádio Moscovo, por exemplo, ouvida por milhares de portugueses, que queriam estar informados sobre o que se passava no estrangeiro e, também nesta época e pelo emmso regime, eram censuradas.
E mais uma vez foi a rádio a principal cúmplice da Revolução dos Cravos. Foi um sinal de rádio, que confirmou que as operações estavam a ter sucesso e tudo avançou como se queria e se atingiu o grande objectivo: derrubar o regime de então.

Como poderia assim a rádio sair das nossas vidas? A rádio sempre esteve e estará de uma forma mais ou menos activa ligadas à cultura e à vida de todos nós.

E alguém se lembra do 'Simplesmente Maria'? Sim grande folhetim da rádio, que nenhuma telenovela conseguiu apagar da memória da geração dos meus pais.

Nem TV, nem net, nem jornais... nada faz, nem fará as vezes da rádio... seja em onda curta, onda média ou frequência Modelada (FM).

A rádio é imortal. Estou convicta de que sobreviria à TV, tivesse que acabar uma das duas.

E você Alberto? O que acha desta notícia?

2 comentários:

Alberto Velez Grilo disse...

Esta abordagem, bem mais séria que a minha, fez-me lembrar das aulas que eu dava de telecomunicações.

Entre outras coisas, claro.

Muito bem ;)

Beijinhos

Becas disse...

Adorei, sem dúvida que concordo com tudo o k está escrito e é bom saber k a rádio será eterna. Adoro ouvir rádio, quer pela música quer pelas brincadeiras dos locutores...e confesso que mto raramente coloco cd no meu rádio do carro...

Pasrabéns amiga,
Becas