segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Há coisas que não têm cura!

Pensava que já estava 'curada' disto. Mas não, não tem cura! Já não acordava com o miar dos gatos, o bater da porta do carro do vizinho, o conversa fora de horas na rua, ou até mesmo com o carro do lixo quando passava já fora de horas!
Já não levava a tralha toda, leia-se telemóvel, carteira, chaves e tudo de valor e fácil transporte, comigo para o quarto. Já ficava no jardim horas a fio com as janelas da cozinha aberta ou o portão da garagem levantado.
Já saía para ir ao pão, ou mesmo ao supermercado, sem ligar o alarme e até já deixava o carro na rua durante a noite.
Nas férias já não andava sobressalta a com medo que o telefone tocasse activado pelo alarme.

No primeiro ano acordei à hora do assalto. No segundo lembrei-me da data, mas não acordei. Os anos seguinte passaram sem 'incidentes' e já estava numa fase em que não sabia bem o dia, nem a hora. Só que tinha sido no início de Setembro, numa véspera de ir para férias...

Bem, achava-me curada!
Mas não!
Bastou um colega de trabalho dizer que andavam casas a ser assaltadas, de noite, com as pessoas lá dentro... para os temores e tremores voltarem!

Definitivamente, não há cura para este tipo de experiência!  Perdi para sempre o meu 'porto de abrigo', a minha casa. Passou a ser a casa onde vivo...

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