Banco Alimentar

É um mal necessário.
Porque é sintoma de que há peesoas que não conseguem sobreviver (sim sobreviver) por elas, que precisam de ajuda!
Se não houvesse era bem pior, se não fosse necessária a sua existência, talvez vivessemos nas redodezas da perfeição, o que mesmo 'nas redondezas' é uma utopia!
MAs o motivo deste post não é o de filosofar, simplesmente dizer que não concordo com os moldes em que o Banco Alimentar funciona nos dias de hoje!
Decorre a angariação de alimentos. As pessoas continuam a comprar os alimentos, a colocá-los nos sacos entregues pelos voluntários, depois depositam-nos nas paletes. Paletes cheias, os alimentos são enviados para os armazéns, onde numa aparatosa cadeia humana, os alimento são separados por tipos.
Aqui rebentam sacos. Os sacos dos alimentos são frágeis, sendo alguns de papel, inclusivamente.
Já viram o que se perde? Já viram a energia que é gasta? Já viram o espaço que é ocupado em armazenamento?

Há uns anos atrás comentei com o L., que os estabelecimentos podiam ter senhas, que as pessoas compravam e valeriam os alimentos escolhidos, que nem um cheque prenda. Quando a quantidade mínima combinada entre o BA e o estabelecimento fosse atingida, era indicado o destino dos alimentos. Nem que fossem para o armazém do BA, mas já estavam separados. Já ia uma palete de arroz, outra de açúcar, outra de massa, e assim sucessivamente.
Os voluntários, esses teriam tempo para criar os lotes a distribuir pelas pessoas, ou então dedicarem-se a outras actividades da instituição em que a vertente humana é muito importante, E podem crer que no voluntariado, o afecto, o carinho e a simples presença, por vezes é o início de um sorriso do outro lado!

E não é que de há uns anos a esta parte, as ditas senhas estão disponiveis? E não é que continua o aparato?
Para quê? Para a fotografia, só pode!
Meus amigos do BA, já repararam na quantidade de comida que se estraga?
Não venham dizer que não!
Um quilo de arroz de um saco rebentado, nestas campanhas é MUITO!

Nota: Eu comprei senhas e devolvi o saco, daqueles que demoram 500 anos a destruírem-se!