Há por esse mundo afora um grupo, grande, enorme, até; de pessoas que nasceram e que vivem para promover o mau estar e a infelicidade dos outros. Que nem 'vampiros', que precisam do sangue para sobreviver, sendo aqui o sangue o sossego e a paz de espírito dos 'outros'.
Depois há os 'outros', que não fazem mal a ninguém, não querem saber do que se passa em seu redor. Querem mesmo é que a vida lhes corra e medem o seu bem estar por eles e não por comparação com os outros, os 'vampiros'.
Os 'vampiros', há-os em todo o lado, em maior número que os'outros' e ainda levam a vantagem de estarem sempre atentos aos 'outros' enquanto os 'outros', estão sempre metidos na sua concha e demoram algum tempo a aperceberem-se do que se passa.
Quando os 'outros' se apercebem da presença dos 'vampiros', entram em stresse, são acometidos de emoções para as quais não têm estrutura e muitos deles seguem por um de dois caminhos: 'passam' para o lados dos 'vampiros', sem saber como, passando a serem usados e abusados por estes que nem 'testas de ferro'; ou então espalham-se completamente ao comprido, sem força nem pinta de sangue que os ajude a levantar!
Há ainda um grupo de 'outros' que mais cedo se apercebem do que se passa, das intenções dos 'vampiros', que avisam os outros'outros' e acabam por ficar sós, que nem o 'tolo no meio da ponte'. De um lado os 'vampiros' a piorarem-lhe a vida e a tentarem abafar a sua existência e do outro os 'outros' a acharem que eles estão a entrar num processo de loucura precoce a pedir urgentemente que se retirem de cena!
Ver à frente ou ter razão antes do tempo tem destas coisas. A forma mais simpática de rotular esses 'outros', os da ponte é de 'cansados', a mais violenta, quando eles incomodam mesmo e têm de ser eliminados é de 'loucos'. Depois pelo meio há o 'não estás a perceber', 'estás a ver filmes' ou 'não é nada contigo'.
Pois não, mas há-de sobrar e em dose dupla!
2 comentários:
A indiferença nunca conseguiu fazer a diferença. Somos cada vez mais egoístas e inconsequentes, desprendidos das nossas acções, ao pensar que, no meio de tantos a olhar apenas para o seu próprio umbigo, ninguém dará conta do que fazemos...
Pois, cada vez estamos mais sós no meio da multidão!
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