domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Páscoa



Soleiras floridas, portas abertas , vários grupos de pessoas com as cruzes (Compasso) a saltar de casa em casa, salvas de foguetes vindas de todas as direcções e... animais, cães principalmente, desorientados a atravessarem-se na frente dos carros, tal era o pânico.

Cá os meus focinhos, estavam de tal modo stressados, que nem os ossinhos fumados que lhes comprei os acalmaram.

'Caramba, como será que foi festejado este dia há (quase) 2000 anos? Naquela época não havia foguetes, ou havia?!'-mandei eu a pergunta para o ar, enquanto ia de carro com a minha Mãe.

'Não sei.'-respondeu ela, e usando um pouco do seu sentido de humor, continuou: 'Eu não estava lá. Mas olha que no dia em que tu nasceste, houve muitos foguetes, como hoje.'-continuou.


'Pudera, era Domingo de Páscoa, como hoje!-respondi.


(Sim nasci num Domingo de Páscoa. Calma, não faço anos hoje. Falta pouco, mas ainda não é hoje.)


Seguindo a conversa com o meu aniversário, e fazendo contas, a minha Mãe concluiu que, para além de não estar comigo nesse dia, só vai estar comigo em Maio!

Isto porque vai ela viajar primeiro, eu depois, e ela novamente...

Comentou ainda que o meu Pai quando se apercebeu, ficou um bocado desolado ( e voltou a falar do assunto ao almoço), mas que para ela, o não me ver no dia do aniversário era pouco relevante, relevante sim, seria estar tanto tempo sem me ver...


Eu e a minha Mãe, sobre datas festivas, temos uma opinião muito própria, que pode soar a frieza, mas é assim.

Não temos tradições com nenhuma data em especial. Connosco, somos contra aliás, as tradições de numa data ir a um sítio, comer um determinado prato, estar com alguém... não funciona!

As datas são assinaladas, quando achamos que o devemos fazer, sempre de formas diferentes, com as mesmas, ou outras pessoas, de acordo com as nossas vontades.


E isso é bom.

Não há o 'antigamente neste dia, estávamos com este, ou aquele', muito menos o hábito de nos juntarmos só porque é Páscoa, aniversário. Juntamo-nos sim, porque queremos, porque sentimos necessidade de estarmos juntos independentemente da data, dia e hora...


E, ironia do destino, os nascimentos na família são quase todos em datas que não se esquecem facilmente: Páscoa, dia de São Martinho, Carnaval...

1 comentário:

Alberto Velez Grilo disse...

Eu também não sou nada de datas.

A Páscoa então passa-me completamente ao lado.

Devemos festejar cada dia que passa, isso sim ;)