1h30 da manhã. Acordo com um barulho estranho. Abano o L. e pergunto: 'L. não ouves um barulho?'
'Desliga a coluna do ar. Está a fazer muito barulho'-diz ele meio ensonado.
'Mas eu desliguei quando me deitei.'-respondi, enquanto tentava perceber o que era.
Era barulho de água, com toda a certeza. Mas de onde? Da rega não era. Mesmo com as janelas abertas não era tão audível!
Levantei-me, desliguei o alarme e desci as escada.
Mal deixei o último degrau da escada molhei os pés. Ouvia água a jorrar, mas de onde? A cozinha eram um 'mar de água', o tapete da entrada estava ensopado. Ops o som vinha de trás do frigorífico. Puxei pelo frigorífico. A mangueira que liga a torneira ao depósito da água rebentou!
Fechar a torneira e…'L. temos uma inundação!'
Meio a cambalear aprece à minha beira e meio atordoado e sem saber por onde começar põe as mãos à cabeça. Eu, mais prática, começo a descer as escadas em direcção à garagem para pegar mantas, esfregonas e panos velho. A água vai pela escada abaixo. Abro a porta da garagem. Literalmente chove na garagem! A água cai de todo o lado, mas principalmente de junto do motor do portão e da lâmpada. 'Os meus livros!', corro para o salão. Seco! Ufa, do mal o menos. É preciso tirar o carro da garagem para colocar bacias. É preciso ligar o disjuntor (desde o assalto que desligamos o disjuntos do portão à noite). Arrisco. Ligo. Não se passa nada. Pelo sim, pelo não abro os portões com os comandos. 'Em caso de curto circuito, ao menos não estou a tocar em nada.', penso.
Chega o L. . Fica ainda mais atordoado.
Levo o carro para a rua, volto para dentro. Subo e começo a varrer a água da cozinha em direcção à varanda. Atiro os tapetes varanda fora. (Os tapetes foram a grande salvação. Graças a eles a água não chegou à sala nem às madeiras da entrada!).
As coisas começam a compor-se. Tempo de tratar da garagem. Bacias debaixo das pingas, o saco da comida dos cães para o salão e a roupa do estendal também. Tempo de varrer a água para fora. É muita a água, a que está no chão e a que continua a cair do tecto.
4h00 da manhã. O chão limpo, bacias e baldes a aparar pingas na garagem. Mantas a secar a água das escadas. A cozinha virada do avesso. Rodapés fora do sítio, frigorífico fora do sítio, mesa na varanda. O cansaço é muito. Não há força para muito mais. Fechar as janelas, apagar as luzes, ligar o alarme e dormir, tentar dormir.
Custou a adormecer. Não sei quanto tempo, só sei que acordei às 5h00. Fui ver as bacias. Estavam cheias e a água continuava a cair. Esvaziar as bacias e voltar para a cama.
Dormir mais um pouco, precisava-se. 6h00 toca despertador. Para além da rotina das gotas e do pequeno almoço mais havia para fazer: esvaziar bacias, arrumar tapetes, por frigorífico no sítio e arrumar varanda.
O chão da cozinha entretanto secara, mas na garagem continuava a 'chover'.
E isto tudo para ficar pronto até às 7h10, hora de sair para o trabalho.
Grande noite!
E detesto coreanos! (o frigorífico é coreano)
E detesto coreanos! (o frigorífico é coreano)
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