Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considera que o exame da disciplina do 3.º Ciclo, realizado esta sexta-feira, tem um grau de dificuldade inferior ao da primeira chamada e que uma nota positiva nesta prova não garante preparação para ingressar no secundário, escreve a Lusa.
«Com o fraco grau de exigência que tem, uma classificação positiva nesta prova não garante o mínimo de preparação matemática necessária para ingressar no Ensino Secundário», escreve a SPM no parecer ao exame nacional da segunda chamada.
A SPM diz mesmo que, ao contrário do enunciado da primeira chamada, de dia 18, esta prova representa «um passo atrás no sentido de se vir a alcançar um nível adequado nos exames de matemática» do 3.º Ciclo.
«Vale a pena lembrar que este exame é também o realizado pelos alunos retidos no 8.º ano, com vista à conclusão do Ensino Básico e eventual passagem direta para o 10.º ano», destaca o Gabinete do Ensino Básico e Secundário da SPM.
A prova «não tem os aspectos positivos» referidos no parecer da SPM na primeira chamada e «continua a sofrer de muitas lacunas», lê-se no documento.
A SPM reconhece como aspetos positivos nesta prova as questões de geometria, que se «adequam melhor aos objectivos» deste ciclo de estudos, mas refere que há áreas estruturantes que «não são verdadeiramente avaliadas», como os sistemas de equações e os números reais.
A área de probabilidades, acrescenta, é avaliada «a um nível bastante inferior» ao da primeira chamada.
«Esta prova avalia muito pouco o domínio dos procedimentos e a capacidade de aplicação dos algoritmos. Tal como na primeira chamada, cerca de 30 por cento da cotação do exame corresponde a questões de resposta imediata, o que nos parece excessivo», afirmam.
Para a prova de hoje estavam inscritos 615 alunos e compareceram 396, segundo dados do Ministério da Educação.Usando as palavras de um anúncio da TV, e parecendo uma octagenária a falar; no meu tempo, os alunos eram quem se manifestavam, aliás, comentavam, sobre os diferentes graus d dificuldade entre as chamadas das provas.
Os professores, eventualmente, dariam a sua opinião, mas o ministério tinha alguma soberania, que não permitia a ninguém tecer qualquer tipo de comentário.
É evidente que uma das chamadas era mais acessível e nós alunos sabendo disso, arriscavamos uma delas e assumíamos as consequencias!
E mais uma vez, os meninos da primeira fase foram prejudicados e será que lhes vão dar uns pontinhos de bonificação? É que repetir aprova pode-se tornar violento!
E mais uma vez, no meu tempo, seria:'paciência! Em Setembro há mais!'
E alargando um pouco esta notícia ao panorama nacional, o que me parece é que isto é mais uma prova do (des)governo em que vivemos em que meio mundo tenta deitar abaixo outro meio!
E você Alberto, o que acha?
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