quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quinta Lugares Cruzados IV (Torre Eiffel)


Já a conhecia desde cedo, de quando o meu pai numa das suas idas a França me trouxe uma miniatura da Torre Eiffel.
Em nada se parecia com a verdadeira. Era dourada e um dia desapareceu do meio dos brinquedos.
Vi-a muitas vezes, ainda mais pequena que a miniatura, iluminada, sempre que nas idas e vindas de e para a Alemanha , o piloto fazia questão de anunciar que sobrevoávamos Paris e que do nosso lado estava a Torre Eifell.
E ao fim de muito tempo lá chegou o dia em que a vi mesmo, estive debaixo dela e estive quase a subir até onde fosse permitido.
Foi sem contar, o meu encontro com o monumento mais fotografado do mundo, (li algures há uns meses atrás).
Era uma viagem de trabalho, reuniões com clientes. à entrada para o avião, um telefonema anuncia que uma das reuniões fora cancelada. Como havia uma outra, a viagem continuava a ser inevitável, mas com a tarde desse dia livre.
A rotina do costume. Levantar as malas, o carro e, em vez de seguirmos directamente para Vélizy, fomos atrás das placas que anunciavam 'Paris'.
Fomo parar em frente da Notre Dame, outro respeitoso monumento. Um parque de estacionamento a jeito et voilà... Paris!
Enquanto comíamos umas sandes, sentados nos jardins da catedral, decidimos ir à torre Eiffel.
No mapa localizamo-nos e procuramos a torre. Parecia perto... era só caminhar ao longo das margens do Sena et c'est rapide!
Pois, o rapide transformou-se em quase duas horas de caminhada. Claro que não foi a passo corrido, nem sem paragens pelo caminho. Há muito motivos para parar entre a Notre Dame e a Torre Eifel. E sem enumerar monumentos e obras monumentais que encontramos pelo caminho, há os artistas de rua, os vendedores, os bateaux mouche a merecerem a nossa atenção.
Quando chegamos à Torre, muitas fotos depois, o meu primeiro pensamento foi: 'Não a tinha por tão grande!'. As pessoas junto dela parecem formiguinhas. A fila para o elevador era infindável e o nosso tempo bem mais curto que a fila.
Os pés começavam a pedir descanso e recusavam-se a fazer o caminho de regresso. A vontade de sair dali também não era grande.
Quem já esteve em Paris, Londres, em grande cidades sabe que se ouve falar todas as línguas, que nem num aeroporto internacional. Ali era ainda maior a diversidade.

O regresso já não foi a pé. À porta de um hotel do outro lado da rua parou um táxi. 'Vamos perguntar se está livre?'-perguntei.
'Bora'-disse o meu amigo.
E esta foi a segunda decisão acertada do dia. Como soube bem sentar no taxi. E como soube bem percorrer o caminho de volta de carro... e que admirados ficamos quando nos apercebemos, finalmente, do quanto tínhamos caminhado!
Mas valeu a pena. E vai valer a pena uma próxima ida lá.
E desta vez a subida não fica para a próxima. E desta vez levo sapatilhas. É que estava de sapatos de salto alto. Afinal estava preparada para uma reunião de trabalho, no papel de fornecedor e não propriamente para uma tarde de 'turismo'.
Mas foi tão bom. Foi um presente que demos a nós próprios.
Bendita reunião cancelada. Só ao fim de um ano, a ir a Paris todos os meses consegui ver a Torre Eiffel... sentia-me como ir a Roma e não ver o Papa!

E você Alberto? Como vê a Torre Eiffel?

2 comentários:

Alberto Velez Grilo disse...

Toca a fazer planos de férias em Paris. Is a Paris sempre em trabalho é um "crime" :)

Beijinhos

Reflexos disse...

Pois... Paris 'fez-se' para namorar e enamorar... se bem que sou pouco romântica.