Hoje escolhi para o Terça, Flashback, o post sobre o meu encontro com Mia Couto, de quem sou fã incondicional. Dos livros e do escritor depois de o ter conhecido há uns meses atrás aquando do lançamento de Jesusalem.
Na quinta-feira, antes de sair de casa, passei pela estante e escolhi um livro para levar. Seria uma forma de minimizar a 'eternidade' da espera. Foi sem grande convicção, pois de experiências anteriores sabia que não iria ler uma página que fosse, e do que lesse nada ficaria retido.
Enganei-me. O livro que peguei foi numa e Mia Couto, do qual li dois capítulos e , apesar ~do momento, ainda consegui sorrir. Não fossem as circunstâncias e teria mesmo rido!
E quando o L. chegou ao pé de mim, eu sorria.
E que bem, ele me ajudou a afinar estes eternos momentos de silêncio...
E você Alberto, por onde foi o seu Flashback?
Mia Couto estava apreensivo e confessou-o logo de início, pois estivera a jantar no restaurante ao lado, também na esplanada e tivera frio. Mal chegou à Centésima, receando o frio, disse ele, pediu que a sessão de autógrafos fosse no interior. Admirou-se por ali não ter frio. Atribuiu a causa à presença daquelas pessoas todas.
E pronto, falou do livro, onde se tinha inspirado para o escrever, falou das formas diferentes de português que se fala no Brasil, em África, na Europa.
Falou também, no seguimento de uma questão, da sua apetência para 'inventar ' palavras... e falou do acordo ortográfico.
Chamou a atenção para o facto de na Europa, e quando digo Europa, falo de Portugal, não conhecermos ou desconhecermos mesmo, autores brasileiros e africanos. A situação acontece nas outras partes!
Pouco mais disse, estava preocupado com a sessão de autógrafos, que antevia longa...
Na hora dos autógrafos gerou-se alguma confusão, pois era pouca sala para tanta gente. Mas houve serenidade. Todos estavam ali convictos de que ele não se iria embora sem assinar todos os livros. Assim terá sido. Terá, porque eu vim embora quando consegui os meus três autógrafos e com o livro lido até á página 44.
O livro, tal como os que eu já li, é tão envolvente, que enquanto esperava pela minha vez, o fui lendo... é uma questão de afinar o silêncio.
E a cereja do bolo foi tudo isto ser numa casa secular, onde nos sentimos mais na biblioteca de nossa casa (a do nosso imaginário, claro), que numa livraria. Uma FNAC teria sido muito mais formal... Ainda bem que foi aqui, mesmo com as fragilidades que teve...
2 comentários:
Bem, eu também falei de livros.
Beijinhos
...pois... estas coincidências que estão sempre a aacontecer...
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