sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Porto (Re)visitado, a Viagem

Nunca tinha ido ao Porto de Comboio. Quase sempre de carro e poucas vezes para a baixa. O dia 12 de Agosto é o dia mundial da juventude e nesse dia, as redes de transportes públicos nacionais resolveram brindar os jovens até aos 25 anos com viagens gratuitas.
O comboio chegou com um atraso de 15 minutos, o que deu para constatar que o software de gestão da monitorização dos horários tem um bug!
O comboio devia sair às 8h30 e depois de ser anunciado que o comboio estava com onze minutos de atraso, a mesma vos, sintetizada, às 8h30, manda os passageiros para a linha, pois o comboio estava de partida!
Umas velhotas começaram a resmungar e a dizer que 'a mulher' estava bêbeda. Para elas ainda é uma mulher que está algures na estação a dar estas informações...
Deu para (sor)rir.

O comboio é muito confortável. Tem ar condicionado, informações de tempo, de estações e, dizem, que tem Wifi, mas se tem estava off ontem. Tanto queria ter feito um post dentro do comboio em 'real time'! Fica para a próxima. Sim porque haverá e para breve...

Poucas foram as pessoas que fizeram a viagem Braga-Porto. Em todas as estações entrava e saia imensa gente.
Na Trofa entrou um grupo de quatro rapazes e uma rapariga. Pela conversa entre eles iam para a praia de Espinho. Estavam a aproveitar a 'borla'. A linguagem deles era fantástica entre o calão e os palavrões. Nas frases aproveitavam-se os artigos, por serem palavras correctas, pois nem sempre eram aplicados correctamente.
Quando chegamos a S. Bento, tudo na mesma: muita gente na estação, muito barulho e os ´residentes' do costume. Novidade mesmo só a presença de polícia e de seguranças.
´Querem ir para onde?'-pergunta de um 'residente'. Em vez da resposta apertei mais a carteira contra mim e saí da estação de São Bento.

Olhei para a minha direita e a primeira coisa que vi foi a Igreja dos Congregados.



Logo comecei a 'ver', ora o meu Pai no meio de uma multidão, durante a visita de Humberto Delgado ao Porto, pendurado nas grades do banco que fica ao lado. Ora o meu Avô a sair da igreja num Sábado ao fim da tarde.
Os pedintes fazem parte do cenário. Sempre conheci aquela, aliás grande parte das igrejas do Porto, com pedinte à porta. A diferença é que antigamente ou eram velhinhos ou pessoas ainda jovens, que tinham sido vítimas de doenças ou acidentes e tinham ficado incapacitados para trabalhar.

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