Poucos foram os exames que fiz ao longo da minha vida. Sempre tentei fazer as coisas por frequência. Não sei porquê, mas a palavra exame intimidava-me... manias.
O mais incrível é que os 'cadeirões' eram feitos à primeira e sem dramas... tipo aqueles em que só duas, três pessoas faziam, eu fazia garantidamente. Aquelas cadeiras, as chamadas de 'calcanhar', essas eram terríveis, custavam imenso!
Chamemos-lhe 'formas de estar' ou simplesmente, como diz um amigo meu 'mau feitio'!
Um dia, estava eu a estudar numa sala, com outros colegas, quando um outro grupo entra para as revisões finais do exame que iam ter dali a duas horas. Eu também tinha que fazer essa cadeira, mas decidira deixar para a segunda fase. As duas cadeiras que tinha deixado para exame eram muito juntas: aquela, que era naquele dia e a outra passados três dias, na terça feira.
Os colegas entraram armaram o reboliço habitual de quem está com a euforia de um exame a menos de duas horas e começaram a 'chover' perguntas, respostas, discussões e, muito importante, tácticas de 'consulta'... ao exame do colega mais próximo! Aquela cadeira era um verdadeiro cadeirão. Não pela matéria mas pela forma pouco amigável com que o professor apresentava as coisa e principalmente como apresentava as notas!
A poucos minutos do exame, a sala começou a ficar vazia: uns foram para a sala do exame, outro foram embora... é que este professor, homem empreendedor que era, dava os exames ao fim do dia, pois durante o dia tinha o seu emprego na EDP... era uma questão de disponibilidade... também ao fim da tarde não estava tanto calor e pela fresca era melhor. Afinal os exames são em Junho e Julho!
Um colega diz-me: 'Vem fazer o exame'. Respondi que não, que não tinha estudado e que não ia para lá fazer nada! depois de alguns argumentos, convenceram-me com o de que pelo menos era mais uma para encher a sala e assim era mais fácil a troca de impressões.
Fui, fiquei sentada entre os colegas que me levaram para lá. Estava sem nada para fazer... não sabia o que fazer... ainda por cima o exame tinha quatro questões. 5 pontos cada uma e estava certa ou errada, não havia meio termo. As notas eram 5, 10, 15 ou 20, utopia essa última, mas eram as possibilidades em aberto...
Sem nada que fazer nem escrever, viro-me para trás e pego, sim, pego mesmo, numa das folhas do colega. Escolho uma das respostas, passo para o meu teste. Certo? Errado? 'Depois vê-se', penso. 'Ao menos já não vai em branco!'. Que fazer agora? Chamo o da frente: 'Nuno, passa-me uma das tuas folhas.? Tanto o chateei que ele já danado, me passa uma folha. Deu para compara com o que eu já tinha passado. Estava igual. 'Deve estar certa', pensei. 'Qual hei-de agora passar daqui?'. Escolhi uma. Entreguei a folha ao da frente. Assinei o meu exame e vim-me embora.
Nunca mais pensei no assunto. Estava preocupada com o da terça feira seguinte. Passou o fim de semana, a segunda feira, terça: dia do exame a que eu havia dedicado o meu estudo. Normal. Fui para o exame no meu estado normal de ida para exames: nervosa, nervosa, nervosa...
Depois da minha luta contra os nervos e contra o tempo, estava eu a acabar o dito exame, quando aparece à porta um colega meu e começa: 'Passaste a Medidas' Olhei para trás para ver quem era o sortudo. Não estava ninguém. Perguntei: 'Que estás a dizer?' 'Tu passaste a Medidas com 10'!
'Eu?! Deves ter visto mal!' , respondi, cepticamente.
Saí da sala, fui ter com ele e perguntei: 'Tens a certeza?'. 'Tenho.', respondeu-me.
'E o Nuno?', perguntei eu. 'Chumbou!', respondeu-me. 'E o Lima?', perguntei eu. Era o cola que se sentara atrás de mim no exame. 'Chumbou.'
Fiquei ainda mais confusa e só depois de ver a pauta é que acreditei!
Explicação?
Vamos dizer que era sexta feira, 13, o dia do exame!
Ou preferem acreditar que foi porque fui com na desportiva para lá?
É uma questão de opção!
Mas tudo isto só para dizer que não tenho nada contra as sextas feiras 13... essas podem ser em qualquer dia da semana e em qualquer dia do mês... somos nós que as fazemos!
O mais incrível é que os 'cadeirões' eram feitos à primeira e sem dramas... tipo aqueles em que só duas, três pessoas faziam, eu fazia garantidamente. Aquelas cadeiras, as chamadas de 'calcanhar', essas eram terríveis, custavam imenso!
Chamemos-lhe 'formas de estar' ou simplesmente, como diz um amigo meu 'mau feitio'!
Um dia, estava eu a estudar numa sala, com outros colegas, quando um outro grupo entra para as revisões finais do exame que iam ter dali a duas horas. Eu também tinha que fazer essa cadeira, mas decidira deixar para a segunda fase. As duas cadeiras que tinha deixado para exame eram muito juntas: aquela, que era naquele dia e a outra passados três dias, na terça feira.
Os colegas entraram armaram o reboliço habitual de quem está com a euforia de um exame a menos de duas horas e começaram a 'chover' perguntas, respostas, discussões e, muito importante, tácticas de 'consulta'... ao exame do colega mais próximo! Aquela cadeira era um verdadeiro cadeirão. Não pela matéria mas pela forma pouco amigável com que o professor apresentava as coisa e principalmente como apresentava as notas!
A poucos minutos do exame, a sala começou a ficar vazia: uns foram para a sala do exame, outro foram embora... é que este professor, homem empreendedor que era, dava os exames ao fim do dia, pois durante o dia tinha o seu emprego na EDP... era uma questão de disponibilidade... também ao fim da tarde não estava tanto calor e pela fresca era melhor. Afinal os exames são em Junho e Julho!
Um colega diz-me: 'Vem fazer o exame'. Respondi que não, que não tinha estudado e que não ia para lá fazer nada! depois de alguns argumentos, convenceram-me com o de que pelo menos era mais uma para encher a sala e assim era mais fácil a troca de impressões.
Fui, fiquei sentada entre os colegas que me levaram para lá. Estava sem nada para fazer... não sabia o que fazer... ainda por cima o exame tinha quatro questões. 5 pontos cada uma e estava certa ou errada, não havia meio termo. As notas eram 5, 10, 15 ou 20, utopia essa última, mas eram as possibilidades em aberto...
Sem nada que fazer nem escrever, viro-me para trás e pego, sim, pego mesmo, numa das folhas do colega. Escolho uma das respostas, passo para o meu teste. Certo? Errado? 'Depois vê-se', penso. 'Ao menos já não vai em branco!'. Que fazer agora? Chamo o da frente: 'Nuno, passa-me uma das tuas folhas.? Tanto o chateei que ele já danado, me passa uma folha. Deu para compara com o que eu já tinha passado. Estava igual. 'Deve estar certa', pensei. 'Qual hei-de agora passar daqui?'. Escolhi uma. Entreguei a folha ao da frente. Assinei o meu exame e vim-me embora.
Nunca mais pensei no assunto. Estava preocupada com o da terça feira seguinte. Passou o fim de semana, a segunda feira, terça: dia do exame a que eu havia dedicado o meu estudo. Normal. Fui para o exame no meu estado normal de ida para exames: nervosa, nervosa, nervosa...
Depois da minha luta contra os nervos e contra o tempo, estava eu a acabar o dito exame, quando aparece à porta um colega meu e começa: 'Passaste a Medidas' Olhei para trás para ver quem era o sortudo. Não estava ninguém. Perguntei: 'Que estás a dizer?' 'Tu passaste a Medidas com 10'!
'Eu?! Deves ter visto mal!' , respondi, cepticamente.
Saí da sala, fui ter com ele e perguntei: 'Tens a certeza?'. 'Tenho.', respondeu-me.
'E o Nuno?', perguntei eu. 'Chumbou!', respondeu-me. 'E o Lima?', perguntei eu. Era o cola que se sentara atrás de mim no exame. 'Chumbou.'
Fiquei ainda mais confusa e só depois de ver a pauta é que acreditei!
Explicação?
Vamos dizer que era sexta feira, 13, o dia do exame!
Ou preferem acreditar que foi porque fui com na desportiva para lá?
É uma questão de opção!
Mas tudo isto só para dizer que não tenho nada contra as sextas feiras 13... essas podem ser em qualquer dia da semana e em qualquer dia do mês... somos nós que as fazemos!
2 comentários:
Este "post" fez-me lembrar outros tempos e outras sextas-feiras 13...
A época de exames era um stresse, mas tinha os seus momentos hilariantes.
Sim, bem dizia meu Pai: São tempos inesqueciveis que nunca mais voltam...
Enviar um comentário