sábado, 1 de maio de 2010

Sábado, última hora VI (Subsídio de férias pago em certificados de aforro. Concorda?)


Apesar de termos combinado evitar falar de política, não resisti a propor esta notícia.

Subsídio de férias pago em certificados de aforro. Concorda?

O PSD está disponível para discutir com o Governo a possibilidade de se pagar o 13º mês dos funcionários públicos em títulos de dívida pública. Ou seja, em vez de receberem subsídio de férias em dinheiro, os funcionários receberiam certificados de aforro.

A ideia não é nova e até já foi usada nos anos 80 por imposição do Fundo Monetário Internacional. Mário Soares era então primeiro-ministro e tinha Ernâni Lopes ao seu lado na pasta das Finanças.

Veja aqui a reportagem

Quase 30 anos depois, a ideia de pagar o subsídio de férias com certificados de aforro volta a estar em cima da mesa. Alguns economistas, como Silva Lopes, já a defenderam e o líder do PSD não põe a hipótese de lado.

Mas para o Governo, pagar o décimo terceiro mês com títulos da dívida pública não é solução. Se o executivo viesse a adoptar esta medida o dinheiro era retirado dos salários mas teria que ser gasto na mesma para comprar os certificados de aforro.

A medida não ia ajudar por isso a reduzir o défice, e poderia funcionar apenas como uma forma de financiamento, já que os funcionários públicos se tornariam credores do Estado.


Não, definitivamente NÃO!
Eu NÃO prescindo do meu salário e dos meus subsídios para 'salvar' uma causa onde nem todos estão empenhados em fazê-lo. Ainda mais fazendo parte desses 'nem todos', os mais ricos, os que mais ganham, os que mais fogem a impostos, os que mais prémios e regalias continuam a ter!
Esse senhores que têm o deles garantido, que para além de auferirem altos salários ainda têm tudo e mais alguma coisa paga, coisa que se eu quero usufruir tenho que PAGAR, tais como férias, carro, estadias, viagens...
Ai são luxos?! Pensarão alguns. Pois, mas será para todos e todos deveriam ter direito a, depois de doze meses de trabalho terem dinheiro, o SUBSÍDIO, para descansarem, passear com a família e conhecerem outras paragens... é cultura! Se bem que alguns enfiam-se em apartamentos junto à praia algures entre o Alentejo e o Algarve e pouco fazem para além das idas à praia... mas isso é problema deles. É o dinheiro deles, a vida deles e estão a fazê-lo com o fruto do trabalho deles!
Pois, porque depois disso os que seriam vistos por lá, seria,m aqueles de que falei no início, os 'nem todos', que haveriam de continuar a ganhar o salário minímo... e estariam ali num hotel de quatro ou cinco estrelas... em representação da empresa de que são proprietários. E ainda teriam a lata de dizer: 'Este ano não fui para fora... é a crise.'
Senhores como estes conheço-os bem!
Quando andava na universidade, havia meninos que chegavam às aulas em altas bombas, viviam em aparatamentos próprios, dos quais estavam a pagar o crédito... e para ajudar alugavam os quartos a colegas.
Esses meninos estavam isentos de pagar propinas porque eram trabalhadores-estudantes. Coitados, trabalhavam na empresa dos pais e ganhavam o salário minímo!
Eu, com um pai trabalhador por conta de outrem, como eu sou agora; pagava propinas, ia para as aulas a pé ou de transporte público e se quis estudar tive que me limitar à cidade do Porto... não havia dinheiro para pagar estadias fora!
Chamem-me egoísta, digam que sou uma privilegiada por ter emprego, por ter os salários em dia e até por ter tido um aumento (esmola) de salário.
Ok, mas até quando? E durante quanto tempo?
E os outros? Com 'tachos' vitalícios, com altos remunerações, nem sabem quanto custa a revisão de um carros, uma refeição num restaurante, um jogo de pneus para o carro.
Ok, mais uma vez, ainda sou priviligiada. Ainda posso ir ao restaurante, ainda posso ir de férias, ainda posso andar de carro, ainda posso pagar o empréstimo da minha casa.
E quando eu não puder? Alguém me vai dar certificados?
E se eu não fizer isso? E se todos nos retrairmos a jantar fora, ir de férias, comprar roupas, calçado, livros, discos... quantos mais não ficarão sem emprego?
Enquanto eu puder faço-o. Com peso e medida, como sempre o fiz.
Mas NÃO MEXAM NO MEU BOLSO! É roubo!
E mais a mais já o fizeram antes, o povo sacrificou-se, os outros continuaram na mesma e voltamos ao mesmo!

E você Alberto, concorda com esta medida?

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